domingo, maio 01, 2011

Centro Acadêmico de Jornalismo promove palestra com Vito Giannotti.


Giannotti nasceu na Itália em 1943.
E há 45 anos mora no Brasil.
 Quarta-feira, 27 de abril, 18h30. Vito Giannotti chega silencioso ao auditório da faculdade IBES Sociesc. Com um sorriso simpático, de sandálias, calça jeans, e camiseta de malha, ele diz que tem apenas uma hora e trinta minutos para falar. E que isso era pouco. O tema do assunto “O Futuro do Jornal Impresso”. Na plateia: acadêmicos e professores do curso de Jornalismo e Publicidade e Propaganda do IBES.

Giannotti, aos 68 anos, é enérgico na fala, começa com uma chuva de estatísticas sobre a tiragem dos jornais impressos. Os melhores, os piores, e argumenta de que no Brasil a tiragem, de todos os jornais, está na média de seis milhões, enquanto que o maior jornal do Japão, País de leitores, segundo o palestrante, vende 14 milhões por dia. “Dizer que o jornalismo impresso acabou é uma piada, aqui no Brasil ele ainda nem começou”, comenta. Defende o jornal gratuito (pago por anúncios) para incentivar a leitura dos menos favorecidos: trabalhadores têxteis, metalúrgicos e outros.

Vito Giannotti é coordenador do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), autor de livros, que têm como principais temas a “história das lutas dos trabalhadores” e "a importância da comunicação dos trabalhadores para a disputa de hegemonia”. Foi metalúrgico e militante, em São Paulo, durante quase três décadas. Giannotti é membro da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e durante a palestra deixa bem claro que é de esquerda (política). Entre uma história e outra deixa visível também seu repúdio as grandes empresas midiáticas de direita, como a Rede Globo. Destaca que a mídia no Brasil não é imparcial, e que imparcialidade é história de carochinha.

A palestra promovida pelo Centro Acadêmico de Jornalismo Fernando Arteche (CAJFA) termina com Giannotti defendendo o uso das redes sociais, de que tem  até twitter e facebook . Relembra a importância dos jornais impressos e das rádios comunitárias. “Temos que usar todas as formas de comunicação a favor do povo”, encerra Giannotti.


 Por Eliane Pereira

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