Jornalismo em tempo real na palma das mãos

Por Andressa Scaburri

Foto: Shutterstock.com

Há 20 anos, o mundo da comunicação começou a ser ampliado. A chegada do Simon, da IBM, em 1994, revolucionou a forma de as pessoas se comunicarem. O primeiro smartphone do mundo abriu as portas para a tecnologia e, hoje, quando a criação do aparelho completa duas décadas, o G1 traz na capa que mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo têm acesso a ele.

O celular é, atualmente, a principal forma de comunicação. Através dele, seja utilizando a internet ou os recursos de ligação e SMS, ficou mais fácil nos comunicarmos com pessoas que não estão próximas. Entretanto, o aparelho não é utilizado apenas para falar com os outros, mas, também, para ajudar as pessoas a se manterem informadas.



Através da chamada convergência midiática, processo em que veículos de comunicação passam a se adaptar à internet e à acessibilidade do público a ela, saber de tudo o que acontece a nossa volta é cada vez mais fácil. Basta um toque na tela do celular para vermos, ouvirmos e lermos notícias em tempo real e de onde estivermos.

Por conta dessa mesma convergência, a grande maioria dos veículos se obrigou a fazer parte do mundo online e, a cada dia, precisa buscar novas formas de estar mais perto dos leitores. Para isso, um bom exemplo é o Jornal de Santa Catarina. Além de manter um site de notícias, o jornal disponibiliza aos leitores que baixem a versão impressa do dia ou até de dias anteriores. Apesar disso, há restrições. O conteúdo online pode ser acessado por 20 vezes mensais, enquanto o impresso só pode ser lido por assinantes.

As mesmas proibições valem também para o celular. O Santa, como é conhecido, além de permitir o acesso através de navegadores, também disponibiliza aplicativos para quem utiliza iPhone, iPad ou smartphones com Android, mas gerencia as entradas através do número de identificação do aparelho.

Apesar de haver cobrança em parte do conteúdo, o Jornal de Santa Catarina vê aumentar, a cada dia, o acesso às suas notícias. Através da convergência do impresso para o mundo digital e, em especial, para a palma das mãos dos leitores, o veículo tem crescido e é possível comparar o processo com uma forma de marketing digital.

Mesmo com toda essa inovação que é quase incontrolável, o jornalista não deve deixar para lá conceitos antigos. Linha editorial e ética jornalística são termos que precisam ser mantidos vivos dentro e fora da redação e também nas redes sociais. Conforme a ICTS, a internet representa uma oportunidade para a empresa, porém, definir parâmetros e regras éticas de atuação são coisas imprescindíveis para manter o sucesso. "O que é dividido nas redes sócias pode ter impactos, nem sempre positivos", como explicou o consultor Marcelo Pontes.