quarta-feira, novembro 09, 2011

A vista da nação

Revolução. Esta é, provavelmente, a palavra-chave mais adequada para definir com precisão o impacto da internet no dia a dia da sociedade contemporânea. Hoje, estar presente na web deixou de ser luxo empresarial ou acadêmico. Em outras palavras, se você não interage com a plataforma, a regra é clara: você não existe. No jornalismo, este conceito passou a ser obrigatório. Empresas que não trabalham com mídias sociais estão muito atrás das organizações já conectadas. Isso porque o feedback instantâneo gerado por ferramentas como Twitter e Facebook podem ajudar – e muito – os negócios das companhias atuais. Com apenas alguns cliques do mouse, o empreendedor moderno consegue evitar crises, reparar erros e, de quebra, marcar pontos com seu consumidor-alvo através da teoria popular de que se “a gente conversa, a gente se entende”.


O boom da comunicação em tempo real também permite que qualquer internauta pratique o exercício da profissão. Mesmo sem diploma ou experiência na área, é muito fácil – e útil, deve-se ressaltar – criar um blog a serviço público. Assim, surge a troca remota de informações e opiniões. O jornalista Marcelo Tas é um dos maiores entusiastas da prática jornalística simultânea. Segundo o comunicador, o acesso livre à rede facilita a identificação de eventuais contestações do público-alvo e, inevitavelmente, adiciona novos horizontes às futuras projeções jornalísticas virtuais.

Em meio a tantas coisas boas, surge a vertente que assusta e provoca polêmica absoluta entre a classe: a ética. Sabe-se que o jornalista é um profissional supostamente qualificado para transmitir a notícia bem estruturada e a opinião devidamente argumentada. Com isso em mente, é importante lembrar que a população – principalmente no Brasil – é profundamente influenciada pela imprensa como um todo. Isso significa que, mesmo no Twitter, você, sendo jornalista (ou estudando para se tornar um), deve ter consciência de que está afetando as convicções e a as ideias de muita gente. Por isso, a partir do momento em que decide “existir” na internet, o profissional deve priorizar a ética jornalística para prestar um serviço de credibilidade a seus respectivos leitores, seguidores ou fãs. Afinal, já disse Ruy Barbosa: “A imprensa é a vista da nação”.

Por Camila Iara

Nenhum comentário:

Postar um comentário