quarta-feira, novembro 09, 2011

Precisão e velocidade duelam na internet

A internet é a maior revolução que o mundo assistiu nas últimas décadas. Agora, as pessoas podem se comunicar em tempo real de qualquer canto do mundo; as empresas podem expor os seus produtos para uma quantidade muito maior de possíveis clientes do que somente aquela comunidade em torno das suas lojas; e a imprensa tradicional ganhou mais um concorrente na busca pelo direito de informar as pessoas.

Que a internet é extremamente importante no mundo atual ninguém duvida, mas, com grandes facilidades, vêm grandes responsabilidades. Isso se aplica, sobretudo, àqueles que utilizam a rede mundial de computadores profissionalmente. Será que vale a pena colocar um post mínimo com informação pela metade e comprometer uma fonte só pra ser o primeiro a noticiar? Essa é uma discussão que está na maioria das academias Brasil afora.

Em minha opinião, não. Não vale a pena dar mais importância à velocidade em relação à precisão. O jornalismo tem como objetivo esclarecer os assuntos que pautam a vida das pessoas. De que me adianta ler uma cobertura em tempo real da invasão de um morro? Deve-se mostrar as implicações e os outros fatores. Aprofundar, não simplesmente jogar na cara do leitor.

Essa responsabilidade na hora de postar algo aplica-se também aos usuários comuns, que acessam a web por entretenimento. No último ano, temos visto seguidamente pessoas que se expressam de maneira polêmica ante um assunto e depois enfrentam conseqüências sérias por isso. Esse foi o caso da estudante Mayara Petruso, que manifestou uma opinião racista contra os nordestinos. Resultado: perdeu o emprego.

Redes sociais e todo este universo de aplicativos e programas que permitem mil e uma coisas são úteis e atraem milhares de internautas ávidos por conhecer as últimas da rede, porém, é bom que todos – profissionais e usuários particulares – tomem cuidado com o que dizem, pois ali tudo é potencializado. Isso vale para o bem e para o mal.

Por Marcos Maia Borges

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