Com essa evolução a profissão de jornalista vive tempos difíceis. O crescimento do jornalismo multimídia vem impactando também as relações trabalhistas, tanto as empresas quanto os jornalistas estão em fase de adequação. O processo de convergência midiática por que passa as empresas jornalísticas, vem produzindo um enxugamento nas redações uma vez que está se criando a figura do jornalista “faz-tudo”.
Outro ponto que contribui para essa adequação trabalhista é o crescimento da quantidade de informações veiculadas por mídias virtuais alternativas, como blogs, Twitter, Facebook, entre outros, o jornalismo deixou de ter a função de selecionar o que é notícia, pois alguns fatos ganham relevância antes da divulgação por mídias tradicionais.
Quando o assunto é a ética, em qualquer meio de propagação, ela quase está extinta. Como imaginar que o jornalismo possa ser concebido como um serviço social e público, se praticamente toda a atividade de comunicação no Brasil, é monopolizada pelas empresas privadas? E até mesmo as redes sociais, como pode garantir que toda a informação disseminada pelo povo é real?
O grau de controle que o jornalista tem sobre seu produto final dentro de uma empresa de comunicação, seja ela em tempo real ou não, é mais ou menos o mesmo que tem um metalúrgico sobre a decisão de fabricar um automóvel de luxo ou um ônibus.
Por: Gustavo Woerner
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