Por: Diego Becker.
Que a internet faz parte do dia a dia das pessoas não é novidade. Seja no trabalho, no lazer, em casa, ou no período ocioso, a maioria já está conectada. As redes sociais são os sites mais acessados. Não ter uma conta no Facebook, por exemplo, chega a ser um insulto. Os brasileiros hoje são os maiores adeptos da comunidade online. Cerca de 77% das pessoas que têm um celular com acesso 3G ou Wi-Fi possuem um perfil.
Uma parcela da sociedade ainda não está presente nesse universo paralelo. Minha mãe, Marilena Becker, é uma delas. Computador, notebook, ou celular com tela sensível ao toque, são monstros ainda não dominados. Ela faz parte da geração X e tem o desejo de criar um perfil no Facebook. Reconhecer amigas e familiares. Além, claro, de poder conversar com os filhos a hora que quiser. Existe o medo de assimilar tanta informação e entrar num lugar desconhecido.
Alguns conhecidos têm suas mães como amigos na rede social. A maioria bloqueia, esconde as postagens, não quer que a matriarca veja o seu dia. Como filho, incentivo minha mãe a criar uma conta online. Mas, já avisei, se falar "feice" eu não ajudo mais, vamos fazer certinho, né mãe? Eu e minhas irmãs estamos conectados. A internet anda lado a lado com a comunicação e está em evolução constante. É preciso acompanhar os passos, cada um no seu ritmo. Em breve, minha mãe, estará conectada com seus parentes distantes.
Eu e meus colegas somos de uma geração que cresceu com a internet no Brasil. Nascemos na mesma época que em o mundo virtual começava a tomar forma. Meu sobrinho de três anos, por exemplo, já é de uma época mais evoluída. O toque na tela, para ele, é uma obrigação. Mexer em um aparelho e não ter respostas sensíveis aos dedos é sinal de que algo está errado. Hoje cerca de 40% das crianças nos Estados Unidos, com menos de 12 anos, estão online.
Provavelmente a próxima geração terá uma tecnologia ainda mais desenvolvida. Entretanto, tem algo que não vai mudar tão cedo. As mães pedindo para que seus filhos as ajudem a criar um perfil. Seja qual for a rede social do futuro. Mães, ao mesmo tempo tão diferentes e tão iguais.
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