terça-feira, novembro 17, 2015

Os desafios do novo jornalista na era da tecnologia

Por Carolina Ignaczuk  

O barulho da máquina de escrever, o cheiro do cigarro misturado ao do café e o som do telefone tocando sem parar. Parece cena de cinema, mas era a realidade das redações dos jornais brasileiros há algum tempo. Obviamente, hoje em dia a situação é bem diferente – o jornalista tem em mãos tecnologias inimagináveis naquela época. Entrar em contato com as fontes, pesquisar sobre determinado assunto e registrar momentos, são algumas das coisas que tornaram-se mais fáceis com o advento da tecnologia na comunicação

As bibliotecas foram trocadas pelas enciclopédias virtuais e a máquina de escrever foi substituída por computadores, tablets e smartphones. A conversa pelo telefone deu lugar às mensagens no Facebook e no WhatsApp. O jornalista de hoje em dia vive em um tempo onde até ele pode ser substituído facilmente. Um dos desafios do profissional 2.0 é justamente esse: lidar com os falsos repórteres. Devido à popularização das redes sociais e dos blogs, qualquer pessoa pode publicar notícias e manter as pessoas informadas. Essas informações nem sempre são confiáveis, por isso, os jornalistas devem ficar atentos - nem tudo que está online é verdadeiro.

O jornalista precisa acompanhar a tecnologia, que está em constante evolução. Por isso, os cursos de jornalismo não são mais os mesmos. Os “focas” saem da faculdade sabendo fotografar, filmar e editar programas e matérias. O público-alvo do jornalismo também mudou: agora ele não é composto apenas por pessoas. O repórter escreve para agradar os robôs do Google, para que sua matéria esteja nas primeiras páginas dos mecanismos de buscas

Por fim, a redação pode ser substituída pelo conforto do lar. Funcionários que adotam o home office como modelo de trabalho possuem índices maiores de engajamento e satisfação. Mas com tantas mudanças na profissão, fica a pergunta no ar: qual será o próximo desafio do novo jornalista?

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