O barulho da máquina de escrever, o cheiro do cigarro misturado
ao do café e o som do telefone tocando sem parar. Parece cena de cinema, mas
era a realidade das redações dos jornais brasileiros há algum tempo.
Obviamente, hoje em dia a situação é bem diferente – o jornalista tem em mãos
tecnologias inimagináveis naquela época. Entrar em contato com as fontes,
pesquisar sobre determinado assunto e registrar momentos, são algumas das
coisas que tornaram-se mais fáceis com o advento da tecnologia na comunicação.
As bibliotecas foram trocadas pelas enciclopédias virtuais e
a máquina de escrever foi substituída por computadores, tablets e smartphones. A
conversa pelo telefone deu lugar às mensagens no Facebook e no WhatsApp. O
jornalista de hoje em dia vive em um tempo onde até ele pode ser substituído
facilmente. Um dos desafios do profissional 2.0 é justamente esse: lidar com os
falsos repórteres. Devido à popularização das redes sociais e dos blogs,
qualquer pessoa pode publicar notícias e manter as pessoas informadas. Essas
informações nem sempre são confiáveis, por isso, os jornalistas devem ficar
atentos - nem tudo que está online é verdadeiro.
O jornalista precisa acompanhar a tecnologia, que está em
constante evolução. Por isso, os cursos de jornalismo não são mais os mesmos.
Os “focas” saem da faculdade sabendo fotografar, filmar e editar programas e matérias.
O público-alvo do jornalismo também mudou: agora ele não é composto apenas por
pessoas. O repórter escreve para agradar os robôs do Google, para que sua
matéria esteja nas primeiras páginas dos mecanismos de buscas.
Por fim, a redação pode ser substituída pelo conforto do lar.
Funcionários que adotam o home office como modelo de trabalho possuem índices
maiores de engajamento e satisfação. Mas com tantas mudanças na profissão, fica
a pergunta no ar: qual será o próximo desafio do novo jornalista?
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