quarta-feira, novembro 18, 2015

Jornalismo, adaptação e inovação

Por Aline Christina Brehmer

Não importa quanto tempo passe: o jornalista sempre vai ser a fonte fidedigna na hora de comprovar a legitimidade de um assunto, algo que só pode ser feito através de um trabalho jornalístico confiável. Com tantos ‘acontecimentos’ que ocorrem e são divulgados na internet hoje, é preciso saber a quais meios recorrer para ter a informação correta, afinal, o jornal impresso do dia a dia não é mais a primeira opção de leitura. O avanço tecnológico veio rápido e a chegada das mídias sociais uniu uma rede de áreas – o que exigiu do profissional não somente adaptação mas também busca por conhecimento.

No jornalismo, essa transformação é contínua e a cada dia se mostra um desafio. Por um lado, o trabalho do profissional jornalista se tornou mais dinâmico, acessível e prático – inclusive para que as pessoas tenham acesso a suas matérias, textos e informações. As chamadas ‘novas mídias’ impactaram o mundo da informação, aumento significativamente o número de matérias veiculadas. Ao invés de um bloco de anotações, o jornalista de hoje precisa ter sempre junto um celular – só ele vai conseguir o desejado ‘furo de reportagem’. Prova da importância de utilizar estes e-mails é o Jornalismo Digital, disciplina acrescentada a grade do curso e que se mostra tão importante para o crescimento profissional quanto a Redação.

O smartphone veio para auxiliar – e muito – esta nova fase. É possível gravar entrevistas, vídeos e fazer fotografias para compartilhar instantaneamente com todo o mundo, afinal, as notícias que chegam nos veículos impressos hoje já foram divulgadas no mundo online um minuto ou uma hora antes. Por outro lado, o jornalismo atual têm suas armadilhas, junto com as possibilidades vem também uma grande responsabilidade – informações rápidas e corretas. Um pequeno erro pode causar grande alvoroço e até mesmo ser incorrigível, já que o conteúdo é viral.

Quem já está no mercado há mais tempo sente com mais intensidade a Jornalismo 2.0 que, mesmo em meio a tantas inovações, ainda sofre com a censura. Profissionais acostumados a escrever em seus blocos e carregar a câmera ficaram para trás no quesito agilidade – mas ainda se mantém a frente, em muitos casos, no quesito qualidade. Entretanto, o maior desafio é aprender a reescrever – um formato para o jornal impresso, outro para o Facebook, outro para o Twitter e outro para o Instagram.

Devido a todas estas modificações houve a criação de cargos como, por exemplo, produtor de conteúdo – um profissional responsável por gerenciar tudo que é postado nas mídias sociais e como isso impacta o público alvo - os leitores. Após esta análise que é feita uma avaliação para saber o que mais atrai os internautas e como conquistá-los. Essa possibilidade de diálogo é muito útil na hora de saber o que escrever – o que, como e qual é a prioridade.

Não é fácil viver nesta nova era, onde o trabalho é durante 24 horas e as informações são compartilhadas de mil maneiras diferentes – sendo que somente uma traz a verdade. Comum ver os profissionais de comunicação trabalhando em qualquer lugar – onde haja inspiração, já que há facilidade para encaminhar textos e qualquer hora do dia. Ao mesmo tempo, com diversos sites publicando o mesmo conteúdo é um desafio ainda maior para o jornalista escrever de forma atrativa, evitando repetir o que quer que outros veículos tenham publicado.

O ‘boom tecnológico’ é apenas o início de uma série de mudanças e inovações que estão por vir, o que significa que irá ter destaque no mercado de trabalho o profissional que estiver em busca de se adaptar, sempre antenado, atualizado e interessado. Hoje não existe mais jornalismo para apenas um tipo de leitor – as notícias são para o mundo e carregam junto o nome de seu redator.

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