Por Thomas Madrigano
A evolução da tecnologia trouxe consigo novas profissões e deu fim a outras tantas: mas nenhum ofício persistiu sem ter de se adaptar a essas inovações. Sem dúvidas, o jornalismo é umas das funções que mais sentiu o impacto tecnológico: por lidar com a notícia e velocidade na informação, as novas formas de interação social foram um prato cheio para os jornalistas.
Hoje, as grandes mídias não detêm o monopólio da notícia. Ao contrário, na maioria das vezes o cidadão é informado primeiro via Facebook ou Whatsapp. As novas ferramentas digitais não foram libertadoras apenas para os consumidores, mas também para os profissionais, que podem criar seu próprio canal com a população, através de sites, blogs e páginas nas redes sociais, que na maioria das vezes custam apenas o preço que você paga pela internet. Os veículos tradicionais vêm sofrendo grandes reveses, e ainda estão atrás de soluções para se manterem vivos.
Nos últimos anos, notícias importantes foram divulgadas inicialmente por usuários de redes sociais. Ficou famoso o caso do paquistanês que, utilizando-se do Twitter, narrou ao vivo a morte de Osama Bin Laden. E casos como esse são cada dia mais frequentes.
Nesse contexto, há de se reconhecer que houve uma grande mudança na atividade jornalística. As pessoas não mais dependem dos grandes veículos de comunicação para estarem por dentro dos assuntos. Os jornalistas e as empresas precisaram se adaptar ao mundo on-line para continuarem a existir. Prova disso é que, hoje, todo veículo de comunicação, para sobreviver, precisa ter um perfil nas redes sociais, que na maioria das vezes é atualizado antes que os próprios sites.
O Facebook inclusive está buscando que os jornais publiquem seus artigos diretamente na rede, em vez de postar links que redirecionem aos seus respectivos domínios. Os argumentos para tal não são fracos: segundo pesquisa realizada pelo Instituto Americano de Imprensa e o Centro de Pesquisa para Assuntos Públicos Associated Press-NORC, 88% dos americanos utilizam a empresa fundada por Mark Zuckerberg como fonte regular de informação. Além do mais, o Facebook conta com praticamente 1,4 bilhão de usuários.
O futuro do jornalismo ainda é incerto, uma vez que estamos no meio da revolução tecnológica. Mas uma coisa é fato: nada será como antes. Os jornalistas precisarão se reinventar para continuarem a exercer sua atividade.
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