Webjornalismo não é jornal, mas sim um universo próprio

Por Filipe Rosenbrock

Notícias a poucos toques (Foto de Filipe Rosenbrock)

Charlie Chaplin retratou em suas produções o duro trabalho repetitivo que tratava os seres humanos como simples peças de uma grande engrenagem. Mas este cenário não tem muito haver com a realidade do século 21: cada vez mais as empresas adotam outros métodos de trabalho que valoriza a inovação, a inteligência e a personalidade 'operário' do futuro.

No jornalismo isto não é diferentes. Antes, esses profissionais eram apenas produtores de conteúdo, sem muita importância para a personalidade, apenas seguindo modelos de jornalismo pré-definido. Hoje, os colunistas já estão nas primeiras páginas de jornais e os blogueiros na web tem grande número de leitores, sendo inclusive um chamariz de acessos aos sites.



A personalidade no trabalho jornalistico migrou para a web com os blogues e colunas, estabelecendo uma nova fórmula de comunicação. Blogueiros como o Ricardo Noblat, autor do mais antigo blog de notícias políticas do país, o Blog do Noblat, tem independência para abordar temas de onde quiserem, ser ficarem presos aos métodos tradicionais de produção.

O site Farol Blumenau, criado por este autor, é um portal de notícias criado em fevereiro de 2013 e com organização home office, ou seja, sem sede física. Os colaboradores se organizam unicamente pela internet através de fóruns que servem de escritório, a cobrança pela produção acaba virando piada.

"Um escritório tem muitas vantagens quanto a organização, mas conseguimos adaptar nossa redação ao cenário home office. Este cenário também tem suas vantagens, pois o colaborador produz com mais tranquilidade e no conforto do sofá. Costumamos dizer que ninguém leva trabalho para casa", argumentou Jonatas Mizael Rosenbrock, sócio.

De fato a tecnologia, e neste caso específico do webjornalismo, mudou o cenário de toda organização do mercado. A internet tem outras demandas, e o leitor também.