O dinossauro e a foca

Por Diorgnes Saldanha Lima

Triplo Sentido

No meio da comunicação, ainda mais nos veículos de imprensa, sempre existem aquelas pessoas com larga experiência na área. Elas são, o que chamamos de dinossauros. E por serem bastante rodados na área em que trabalham, estes profissionais costumam relutar com as inovações, enquanto os mais novos, muitas vezes não entendem a forma sistemática e, muitas vezes, lenta de trabalhar dos mais velhos.

Na TV Galega, o cenário não é diferente. Atualmente o departamento de jornalismo da emissora conta com duas equipes de reportagem. Uma delas, tem um cinegrafista que está há 15 anos fazendo este trabalho, enquanto na outra equipe, tem outro de apenas três anos de experiência. E essa diferença também é bastante grande na questão de idade: Um deles passa dos 50 anos e o outro não chegou aos 25.



Os dois também fazem o trabalho de edição das imagens que coletam na rua, antes delas irem ao ar na programação da TV. E é aí que a forma de trabalho se contrasta. Enquanto o mais experiente fica, pacientemente, escolhendo as imagens para que fique o mais fiel possível com o fato sem deixar de ter um toque mais artístico, o mais jovem, apenas seleciona aquelas que condizem mais com os textos dos repórteres, não dando muita atenção ao fator emocional.

Essa diferença de formas de trabalho também é encontrada na questão do manuseio dos equipamentos. Um deles, habituado com a era digital, manuseia facilmente as câmeras e edita sem problema nenhum as reportagens. Já o outro, mais familiarizado com os equipamentos analógicos, leva um tempo muito maior para capturar e editar as imagens em frente ao computador.

Apesar disso, o contraste e o conflito destas duas gerações, fazem com que o departamento de jornalismo da TV Galega, sempre siga a inovação e, ao mesmo tempo, mantenha os ‘pés no chão’ não dando um passo maior que a perna.