
Um dia desses, em um almoço em família, minha mãe fala da importância de comer salada. Ok. Isso não me pareceu nem um pouco interessante. Justamente por essa razão, eu pego meu Iphone 4 (que está em boa forma, melhor do que muitos Iphone 5s por aí) e começo a checar as novas fotos dos meus seguidos no Instagram.
Quando ela se dá conta que estava falando sozinha, era tarde de mais. na hora do surto dela, do tipo "eu estou na sua frente! Me escuta!", eu involuntariamente ignoro. Ela é do tempo em que quando você está com alguém, um fala e o outro escuta. Eu sou da geração que um fica no whatsapp e o outro também.
Acontece, que em grande parte das relações, sejam elas entre mãe e filho, irmão e irmã ou seja lá o que for, os chats em dispositivos móveis acabaram tomando conta da atenção das pessoas. Mesmo que me doa dizer, eu já estive dos dois lados. Minha melhor amiga, por exemplo, vive me deixando de lado por causa do tablet dela.
Ficar zanzando no Facebook, ficar vendo as últimas do twitter, entre outras zilhões de coisas que não só eu ou ela, mas praticamente o mundo inteiro fica fazendo, é responsável por criar um novo tipo de contanto que substitui o contanto físico em grande número dos casos. Essas nova geração que estão se desenvolvendo agora, vão agir assim, ignorando o que esta a sua frente.
Nós somos como Cabral na época do descobrimento do Brasil. Nós colonizamos o solo digital para as próximas gerações morarem no web mundo, propriamente dito.
É como no desenho Digimon, caímos em um portal que leva a outro mundo cheio de criaturas estranhas. O mundo digital certa forma é assim.
Nós estamos esquecidos da vida fora dos computadores, isso é lamentável, até mesmo pra mim que ama a tecnologia.
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