quarta-feira, novembro 20, 2013

O império dos games

Por muito tempo, videogames foram considerados brinquedos como quaisquer outros. Pais compravam para seus filhos que, após feitas as tarefas da escola, jogariam por algumas horas, no máximo. Desde os mais antigos, como o Atari e o NES, até a mais nova geração de consoles, que chega aos mercados neste final de ano, os jogos eletrônicos percorreram um longo caminho. Nasceram como brinquedos e cresceram para se tornar uma das indústrias mais lucrativas do mundo. Um exemplo é o jogo GTA V, lançado recentemente em todo o mundo. Sua receita nos três primeiros dias ultrapassou 1 bilhão de dólares, o que o coloca na frente de títulos blockbusters da própria Hollywood.


A evolução dos gráficos


Mas como que uma indústria que nunca foi vista como futura gigante do mercado internacional chegou neste ponto? A resposta não é apenas uma, mas várias. A tecnologia esteve ao lado dos videogames desde seus primeiros modelos. O singleplayer logo deu lugar ao multiplayer. E o multiplayer deu lugar ao online e aos MMOs. O 2D abriu caminho para o 3D e as trilhas sonoras em MIDI foram substituídas por orquestras e maestros normalmente contratados apenas para longas-metragens produzidas em Hollywood. O investimento de títulos atuais, por exemplo, ultrapassa o de filmes e os atores famosos hoje são contratados para dublar personagens animados. O investimento, afinal de contas, valeu a pena.



Trilha sonora do jogo blockbuster Call of Duty Modern Warfare 2, composta por Hans Zimmer, maestro de filmes como Gladiador e Avatar

 O que há no horizonte, só se pode especular. Especialistas e desenvolvedores de hardware e software acreditam que a realidade virtual é o próximo passo. Outros gigantes do ramo, como a Nintendo, sempre procurarão manter sua fidelidade para com o público, buscando primeiro a diversão e depois a inovação. Uma coisa é certa: o que era brincadeira de criança se transformou em assunto para todas as idades. A indústria dos games veio para ficar, prosperar, e se tornar um verdadeiro império comercial.

Por Bruno Stolf

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