Liberdade das gerações e conflitos gerados por elas

Como bom representante da geração X, também tive conflitos no ambiente de trabalho envolvendo os baby boomers .  Já com a geração Y,  lembro-me de não ter maiores problemas.  Em 1990, aos 16 anos tive a oportunidade de começar trabalhar em uma emissora de rádio. A função era dar suporte ao locutor, atendia ao telefone, rodava comerciais e músicas solicitadas pelos ouvintes.


 Na época a programação da emissora era manual, somente em 1996  chegaria os computadores e softwares de automação, mesmo assim, só rodava comerciais, pois não havia espaço suficiente no hd.  Naquele tempo, sempre quis inovar alguns processos na emissora, mas a resistência dos funcionários mais velhos  vinha com  frase “  tá funcionando tão bem pra que mudar “  Presenciei algumas disfunções entre  meus colegas da geração X e o pessoal da velha guarda.

Pra mim não foi diferente,  um dia acabei  batendo de frente com o gerente, numa discussão que quase rendeu minha demissão. O motivo foi  porque o software da programação travou e tirou a rádio do ar, tentei argumentar, mas foi vencido por ser mais jovem. No dia seguinte para minha surpresa, o chefe admitiu que estivesse errado. Com os passar do tempo fui conquistando mais espaço para sugerir mudanças significativas no meu local de trabalho. Uma das características da geração X é que fomos ensinados  para trabalhar e esperar o momento certo para uma promoção.

Hoje sou referência,  pois são  os baby boomers  que precisam de mim para resolver assuntos  relacionados  à internet  e redes sociais, mas também estou aprendendo muito com as outras gerações.  Acredito que o caminho é buscar integração com todos através do dialogo e reconhecer os valores em qual cada um foi criado. Não podemos esquecer que novas  gerações estão surgindo e  amanhã o próximo baby boomer poderá ser  você.

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Por  Roger Florenço