quarta-feira, agosto 28, 2013

Tudo junto e misturado. Será?

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Nascida em 1987, eu me encaixo na geração Y, aquele perfil de pessoas que conseguem perfeitamente ouvir música, assistir televisão e realizar algum trabalho profissional, da faculdade ou mesmo do colégio, ao mesmo tempo.

No entanto, minha mãe, da geração dos Baby-Boomers, e sempre com o “pulso firme” em casa, nunca deixou que, na época de escola, eu realizasse minhas tarefas ouvindo música ou assistindo TV, por exemplo, porque achava que eu não iria conseguir me concentrar.



Não era permitido nem que eu estudasse no quarto, já que, em cima da cama, eu poderia ficar com sono e perder o foco. A grande maioria dos meus amigos tinha uma mesa no quarto, onde dormia, eu não. Estudava na mesa da cozinha e mais tarde, ganhei uma escrivaninha na sala. Mas nunca no quarto.

Acredito que seja por isso que, atualmente, quando escrevo matérias para o jornal onde trabalho, não consigo colocar um fone e ouvir música. Também não consigo me concentrar com a TV ligada.

Recentemente, no trabalho, colocaram uma televisão na redação, para assistirmos as notícias durante a hora do almoço. Mas o resto do tempo ela precisa ficar desligada, ou é difícil sair matéria.

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Até na faculdade lembro que, no começo das aulas de redação, a professora, também representante da geração Y, colocava uma música de fundo para “inspirar” os alunos enquanto produziam. Como a maioria da turma - que se encaixa entre as gerações Y e Z - concordava, eu precisava me adequar e tentar me concentrar, mas quase nunca escrevia algo que preste naquelas aulas.

E até hoje preciso de silêncio para escrever, ler ou realizar qualquer outra atividade que exija certo grau de concentração.

Por Laís Martine Holetz Brandes

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