quarta-feira, agosto 28, 2013

Gerações: cada uma tem seu próprio tempo

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O tempo passou e quando eu percebi, sete anos voaram e voltei para a faculdade e o medo e duas perguntas na cabeça, como encarar tudo de novo e tudo sendo novo?, sentei novamente diante de um computador sem saber como escrever e principalmente como me fazer entender?

E ainda encarar uma nova geração pessoas jovens e dispostas, com outros conhecimentos e outra linguagem tecnológica puramente digital, não é fácil , não entendo quase nada da linguagem deles, estão antenados com um ritmo muito acelerado, não sei os seus códigos.


Estou em duas turmas diferentes, a primeira do segundo semestre de 2013 de jornalismo e a segunda turma do oitavo semestre do curso. Posso perceber que quando pergunto algo que não sei, estou incomodando demais, isso acontece por puro deslocamento social que estou tendo.

No passado mesmo com dúvidas meus colegas dividiam seu conhecimento e eu não ficava constrangida como fico hoje. Sinceramente se não estivesse tão decidida a concluir o curso, pois sei que se desistir agora eu não volto mais, eu o faria pela barreira social e digital que encontro.

Por momentos não consigo acompanhar a velocidade de informações que tenho. Como se estivesse tentando traduzir um livro grego sem nunca ter lido nada do idioma, o curso ainda é o mesmo, a essência ainda é a mesma, jornalismo ainda é jornalismo, mais a forma mudou muito e me sinto muito deslocada.

Estou na sala de aula e tendo me socializar porém, às vezes é impossível, não encontro brechas, pois a diferença de perspectiva nos assuntos é visível e para não falar tanta besteira fico calada.

Sinceramente não imaginava que seria tão complicado e difícil, o que mais estranho, meu maior problema não esta sendo tanto a tecnologia em si, pois isso perguntando se aprende, mais o lado social está sendo bem complicado.Sendo assim cada geração tem seu próprio tempo.

Por G. Raquel Gonçalves
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