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Experiência e Inovação podem ter compassos semelhantes
Foto: Swissinfo.ch
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O lapso temporal para que um novo conhecimento tome
forma está intrinsecamente relacionado ao ritmo que administramos nosso tempo
dentro da rotina periódica de nossas mais básicas atividades. Ao lermos um
jornal impresso durante o demorado café da manhã, nosso ritmo de apreensão e
retenção do conteúdo será distinto daqueles momentos em que lemos as notícias
em um smartphone em plena via urbana,
em um exemplo mais comum.
Mas essa ótica, embutida em uma concepção
estritamente vertical, difere quando surge a necessidade de compartilhamento do
conhecimento produzido dentro de um grupo de indivíduos com cultura baseada na
pró-atividade, que nasceram e cresceram interligados dentro de interações
mútuas, síncronas e predominantemente horizontais. É exatamente nesse contexto
que o risco de exposição do habitual conflito de gerações torna-se iminente.
Para atenuar possíveis dificuldades de enfrentamento
de situações entre gerações anteriores (geração Baby Boomer e geração X) e
gerações emergentes (geração Y e a recém-chegada geração Z), é importante
considerar que nem sempre a diferença de ritmo no uso das novas tecnologias
significa diferença no ritmo de processamento do conteúdo apreendido. Integrantes
de qualquer geração são passíveis da dotação de capacidade em enxergar soluções
para problemas dentro de um mesmo parâmetro de velocidade, independentemente
dos recursos e das ferramentas que o mesmo utilizou para nortear tais decisões.
Dessa forma, entra em cena a convergência das
gerações, suplantando quaisquer conceitos de incompatibilidade entre esses
universos, já que, sob a luz da manipulação do conhecimento adquirido, tal
convergência aproxima o compasso da experiência com o compasso da inovação. E é
nesse cenário que novas possibilidades apenas começam a emergir.
Por Arnaldo Zimmermann
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