quarta-feira, novembro 28, 2012

O vício dos jogos eletrônicos



Juscelino Ribeiro tem 15 anos. De herança genética de seus pais, o garoto nasceu com tendência a ser um pouco gordinho. E foi isso realmente o que aconteceu ao decorrer dos anos. Desde os 13, quando já pesava 80 kg, o menino teve uma queda no rendimento escolar e também em sua auto-estima. Foi ai que decidiu não voltar a escola. Ele alegava que tinha vergonha de se olhar no espelho, quem dera sair na rua e interagir com a galerinha da sua idade. 

São quase quatro horas da madrugada e Juscelino ainda está na frente do computador. “Só mais uma, só mais uma” grita o menino em tom grosseiro para sua mãe Flávia Ribeiro, referindo-se que vai participar de mais uma partida do jogoCounter Strike” e já vai se deitar. Cinco minutos depois, ele vence o jogo e desliga o computador, chegando há 16 horas de alienação ao mundo virtual naquele dia.

O garoto faz parte do grande exército ao redor do mundo que está sendo criado dentro de um contexto que ao mesmo tempo em que é fechado em uma situação, e que é aberto a novos admiradores e frequentadores: o vício dos jogos eletrônicos.

O maior problema não é o vício em si, mas sim as consequências que podem trazer. A influência ao consumo de bebidas alcoólicas, drogas e uso de armas, e também a violência que são temáticas em alguns jogos, às vezes mudam o raciocínio e forma de pensar e agir do jogador em suas relações.

E logo ficam algumas perguntas acompanhadas de uma contradição: Jogos virtuais afastam as pessoas de relacionamentos saudáveis ou pessoas que não conseguem se relacionar, focam seu mundo no espaço dos jogos eletrônicos?

E quando já adultos, a tendência é continuar este vício? Como é a vida de um casal que lida com uma situação semelhante à essa? Na hora do sexo, o parceiro deixa de comparecer e te troca pelo “Mário Bros” ou o “Guitar Hero”?

Abro espaço para você leitor refletir e opinar sobre o assunto, assim também como histórias do dia a dia relacionadas.


Fagner da Rosa

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