quarta-feira, novembro 07, 2012

A mídia ruim de pauta

Dia 06/11 foi o dia em que a terra parou. Isso porque os Estados Unidos da América, a 2ª maior potência do mundo, escolhia se manteria seu 1º negro eleito como presidente ou se traria de volta um legítimo representante da voracidade belicosa do Tio Sam. Entre o moderado e o reacionário, os americanos, quer dizer os delegados escolheram o democrata Barack Obama. Sim, no país que ostenta ser a maior democracia do mundo, não é o povo que escolhe o presidente, mas delegados eleitos. O candidato que obtiver o maior número de delegados, é o novo presidente, ainda que tenha recebido menos votos diretos.

Enquanto isso nas eleições municipais dos 27 estados brasileiros, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou que somente no 1º turno, realizado no dia 07/10, mais de 24 milhões de brasileiros aptos a votar, rasgaram seu direito constitucional e jogaram no lixo. Esse número corresponde a 18,12% do total de eleitores. Nessa conta não entraram os votos brancos e nulos, outra forma de jogar fora a oportunidade de escolher um destino menos pior para o país. A disputa nas cidades com mais de 200 mil eleitores, em que nenhum dos candidatos tenha alcançado mais de 50% dos votos, puderam fazer nova escolha entre os dois mais bem votados no 1º turno. Dia 28/10 a situação foi ainda pior, mais de 28 milhões de eleitores não votaram, que representa 21,46%.

No domingo 27, enquanto Fernando Haddad (PT) inciava seu pronunciamento após ser eleito com  55,57% do votos válidos para a prefeitura  da maior e mais importante cidade do país, São Paulo/SP, as grandes redes de comunicação continuavam com sua programação normal. Pasmem, a programação destas mesmas redes foi totalmente alterada para dar a cobertura ao vivo, voto a voto da eleição dos Estados Unidos. Certo, é um país relevante no cenário internacional, um dos principais parceiros comerciais do Brasil no que tange a importação de commodities (suquinho de laranja diga-se de passagem). Mas agora dar essa relevância a um processo eleitoral confuso, com suspeitas de fraude (Eleição de Bush 2000) e no qual não temos o menor poder de decisão é simplesmente inadmissível!

Texto: Marlon Thiago Dumke

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