quarta-feira, outubro 31, 2012

Ascensão da "marolinha" à Bahia

Por Guilherme Puerari

Casas BahiaHavan, FIAT, estes são alguns dos paraísos e, destinos preferidos do salário. Através do IPI reduzido, das linhas de créditos para diversos perfis de brasileiros e financiamentos a perder de vista, as chamadas bíblias vão se acumulando aos montes nas gavetas dos brasileiros.


Esta elevação nos gastos da família brasileira se dá principalmente devido à ótima situação financeira que o país vive. Apesar da crise assolar grande parte da Europa, por aqui ela foi associada a uma “marolinha”. O país conquistou em 2011 a 6ª colocação no ranking de maiores economias do mundo, muito disso impulsionado pelas facilitações em adquirir bens, e o incentivo a movimentação do dinheiro.

No último mês de agosto o país atingiu a incrível marca de 5,3 na taxa de desemprego, segundo o IBGE. Esse número foi o mais baixo alcançado até hoje, desde a criação da pesquisa, ainda no ano de 2002. Como caracteriza o economista Marcelo Neri, a classe C “anda com as próprias pernas”.

Parte desta nova fase econômica brasileira pode ser vista na adquirição de bens, pois anos atrás seria impossível comprar bens materiais com tamanho parcelamento e facilidade, ou então com um preço fixo. Isso se refere em muito à classe C, antes largada ao léu, hoje é uma das responsáveis pela movimentação de caixa no país. Esta gasta com reformas na mobília da casa, no estudo, ou na aquisição de um veículo melhor para a família. “A nova classe média está trocando pneu com o carro andando, ela trabalha, faz curso à noite, se vira – isso mostra um lado batalhador, nada passivo”, analisa Neri.

Criada na década de 80, como forma de crítica ao país a música “Juvenília” retratava um cenário que hoje não seria mais cabível ao momento. Interpretada pela banda RPM, na voz de Paulo Ricardo, a letra continha entre outros exemplos partes como“Sinto um imenso vazio e o Brasil. Que herda o costume servil. Não serviu pra mim. Juventude. Aventura e medo. Desde cedo. Encerrado em grades de aço” falava sobre o vazio que o país vivia, a falta de esperança, uma nuvem negra que sombreava o país, fatos esses que hoje fazem parte apenas da história.

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