domingo, outubro 28, 2012

Ascensão da classe C e das dívidas


D. Maria, empregada doméstica há dez anos, deixou de ir de ônibus até a casa do patrão
na cidade vizinha . Ela hoje vai de carro com quatro portas. Atualmente, ela ainda
consegue pagar o curso de inglês para a filha de 11 anos, ter acesso a internet banda
larga, tem carteira assinada e mantém o celular pré-pago com créditos ao menos uma vez por mês. Nossa personagem é fictícia, mas assim como D. Maria, 43% dos brasileiros pertencem a classe C.

Formas de pagamento mais comuns atualmente
Um dos fatores que faz com que a fatia da classe média cresça com o passar do tempo é a estabilização da nossa moeda, que ocasiona menos gastos e uma relativa sensação de  aumento de salário. Outro ponto relevante é a aposta do mercado nacional na facilidade de crédito. Esta facilidade criou o lema “o importante é a oportunidade de ter” desta nova classe. É bacana ter condições de comprar uma geladeira ou um celular como o de D. Maria sem gastar todo o seu salário, não é mesmo?
Agora é possível ter um produto moderno e pagá-lo em até dez vezes. Também é possível fazer um curso superior e financiá-lo com o Prouni, por exemplo. Esta deve ser a justificativa para a sentença de Renato Meirelles, sócio-diretor do Data Popular: 68% dos jovens da classe C estudaram mais que os pais.

Grandes problemas da classe C: 

Voltaremos a questão da geladeira e do celular... Ou do carro, ou dos móveis da sala, ou qualquer outros bens de consumo divididos em parcelas mensais. Os parcelamentos podem virar dívidas acumuladas capazes de comprometer a renda de quem possui o salário contado para o mês inteiro e gasta mais do que tem. A bola de neve das dívidas inadimplentes, embora evitáveis, crescem entre a classe média. Nos primeiro três meses de 2012, a inadimplência aumentou 11,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Os gastos não são apenas responsabilidades da classe média.

Segundo o programas A Sala de Notícias do Canal Futura exibido em 28 de setembro do ano passado, mostra que as classes C, D e E, que representam pouco mais de 85% da população brasileira, detém 70% dos cartões de crédito do país.
Porém, para evitar o número de devedores preocupantes como este no país, o brasileiro tem informação e sabe muito bem quais seus próximos passos: ter planilhas com os orçamentos pessoais, saber o limites dos gastos, economizar para fazer compras a vista e aprender a poupar.

Por: Manoella Back

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