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O entendimento entre gerações deve ocorrer pela união de forças
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Conflitos entre gerações são tão antigos quanto a própria história da sociedade humana. Faz parte da natureza do homem divergir e tentar impor as suas formas de ser, pensar, criar e fazer, notadamente naqueles cuja vivência e convivência com a diversidade de ideias ainda não adquiriu amadurecimento suficiente para compreender a diferença entre o que se quer e o que se pode. Encontrar o equilíbrio entre uma coisa e outra demanda tempo o que pode levar, na maioria das vezes, à desarmonia e a situações absolutamente indesejáveis.
A par e ao passo das transformações sociais registradas a partir da segunda metade do século passado, com a ruptura de paradigmas, ditos ultrapassados de um lado e de validade discutível por outro, os conflitos entre gerações se acirraram, atingindo patamares preocupantes. Discussões sobre sexualidade, uso de drogas ilícitas e a exacerbada expansão dos meios de comunicação da pós-modernidade, dentre outras coisas, têm sido pauta para acalorados debates de especialistas e autoridades nas últimas décadas, por conta dos encontros e desencontros de gerações. O que se busca é o entendimento e o alcance de resultados comuns.
Radicalizar não seria e não será a saída, tampouco a solução para um problema que nos acompanha desde sempre, como homens. Enquanto os mais jovens, levados pelo entusiasmo e pela vontade de mudar tudo quanto consideram ultrapassado, os mais vividos se valem da experiência para manter suas posições e defender o avanço parcimonioso das coisas. Ambos têm razão e, juntos, podem contribuir muito para a construção de parcerias sustentadas na sabedoria,camaradagem e reciprocidade, em quaisquer que sejam as circunstâncias. Basta que usem a inteligência que os diferencia dos outros seres.
Certo ou errado, compreensível ou não, o fato é que o choque de gerações sempre existirá como um amálgama do homem. Faz parte da sua índole, do seu jeito, da sua espécie. Quando o conflito desaparecer, ele [homem] terá deixado de existir.
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