quarta-feira, setembro 19, 2012

E o tempo passou

Por Larissa Neumann


Acredito que o que norteou - e ainda norteia – o surgimento de gerações é o efeito revolucionário que o avanço tecnológico, sofrido ao longo dos anos, tem causado. Uma tecnologia em especial marca essas transições. 


A internet. Graças a esse advento foi e é possível estabelecer contato e conexões com pessoas de todo o mundo. Infelizmente o acesso e a facilidade com que essa tecnologia é tratada hoje, intriga quem faz parte das primeiras gerações: o grupo dos baby boomers e a geração X. Teoricamente nossos avós e pais, respectivamente.

Como integrante da geração Y, que tecnicamente deve conseguir ser incrivelmente multifuncional, conseguindo, por exemplo, ouvir música e executar as tarefas diárias exigidas pela empresa com as ‘mãos amarradas nas costas’, eu deveria me sentir favorecida e certamente, à vontade, com toda a praticidade que Internet dispõem. E realmente, hoje vejo como ter a conexão com o mundo ao alcanse facilita a vida tanto particular, quanto profissional. Mas, nem sempre foi assim.

Puxando na memória, se eu não me engano, foi em meados dos anos 2000 que o computador, apelidado carinhosamente de ‘Lentium’, graças a sua “incrível velocidade” de processamento de dados, passou a morar na sala da minha casa. Obviamente, a internet era a mais precária possível. Conexão discada, com risco de cair a qualquer momento, e com um custo absurdamente alto. Só era possível navegar na tão sonhada Internet depois das 23h, porque o impulso telefônico era mais rápido e, principalmente, mais barato.

Era incrível como aquela máquina, que nem conseguia processar dois programas básicos do pacote Office ao mesmo tempo, era capaz de prender a atenção de todos por tanto tempo. Eu, sinceramente, não via graça alguma.

Meu email pode ser considerado um integrante da geração Y, agora meu primeiro celular, esse é sem duvida da Z. A ideia de ter um celular me atraia da mesma maneira que a tela reluzente do computador. Ter um email já me bastava. Aquele era o meu contato com o mundo. Pra quê mais? O famoso chat do portal Terra, era desconhecido no meu dia a dia. Eu tinha MSN porque o meu endereço de email era do mesmo domínio.

Criei uma conta no Orkut quando entrei para o ensino médio. Achava ridículo, me perguntava o que motivava tantas pessoas a gastarem tantas horas do seu dia naquele lugar, que nem de verdade era. Criando comunidades, enviando scrap e cartões animados de ‘bom dia’, ‘boa tarde’ e ‘boa noite’. Hoje, minha conta é mais uma no meio de muitas outras contas que forram um vasto “cemitério cibernético”.

Meu facebook ganhou vida em 2012. Ter a página não foi uma escolha, mas uma necessidade, já que todos do Orkut e do MSN estavam migrando para rede social mais comentada do momento.

O meu twitter ainda é um projeto. Ainda não fui convencida da real necessidade de criar um microblog. É evidente que no mundo das redes sociais nada é duradouro.

Em pouco tempo uma ferramenta mais atualizada, rápida, inteligente e útil vai surgir, obrigando o usuários, mesmo que indiretamente, a abandonarem seus contas atuais no mundo da web.

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