
Esses jovens não tem bandeiras e não são como os das décadas de 60 e 70, mas estão provocando uma revolução com a mesma força daquelas vividas na história. Eles sabem que as normas do passado não funcionam nesse milênio e, sozinhos, estão inventando as novas.
Mas não são todas as empresas que conseguem se adaptar com essa garotada. Principalmente o setor de RH tem as maiores dificuldades. A geração Y não veste a camisa com a mesma gama que os baby boomers– nascidos entre 40 e 60. Os jovens irreverentes fazem o que sentem prazer. Eles têm pressa em ser reconhidos profissionalmente e por isso não esperam por promoção, pulam de emprego para outro. Pelos mais experientes são considerados desatentos, superficiais, egoístas, distraídos, mas isso tudo é um diferencial.
Antigamente trabalhar horas demais era dedicação. Para a geração Y é incompetência. Por mais que amem o trabalho, eles têm uma vida fora dele e preferem não trocá-la por nada. Por isso, tudo é muito instântaneo. Mas, apesar dos vários “apelidos”, são profissionais estremamente éticos e priorizam as relações humanas.
Por terem nascidos em “berço digital”, os jovens dessa geração preferem mandar um e-mail do que telefonar. Para eles seria muito melhor se as reuniões nas empresas fossem pelo skype, twitter ou qualquer outra ferramenta de comunicação que possibilitasse essa conversa pela internet. Essa foi a primeira geração que não precisou aprender a dominar as máquinas, mas nasceu com o pai filmando seus primeiros segundos de vida. E a internet também possibilitou a esses jovens capazidades para, enquanto estudam, por exemplo, ler notícias, checar a página do Facebook, escutar música e ainda prestar atenção na conversa de quem está ao lado. Para eles a velocidade é outra. São motivados por desafios e necessitam obter resultados quase que imediatos. Isso os deixa vários pontos a frente no mercado.
E por causa deles, as empresas estão se reorganizando. A importância de seus valores e a vida pessoal, características próprias desses profissionais, fazem com que as organizações comecem a flexibilizar as hierarquias, agindo em rede e priorizando a ética e a responsabilidade social. E, se antigamente a questão era saber equilibrar a vida íntima com a profissional, hoje isso não é nem sequer questionado. A vida fora do escritório é muito mais importante. E assim eles vivem mudando constantemente o mundo e acreditam que o futuro será brilhante.Por Erivelton Schmidt
Foto: Divulgação
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