
A 134º edição do UFC aconteceu no último sábado 27, e foi transmitida ao vivo e, pela primeira vez, por uma rede de canal aberto, a RedeTV. O local escolhido para levar ao octógono grandes nomes do esporte, entre eles os brasileiros Anderson Silva, atual campeão mundial, Minotauro e Vitor Belfort, foi a Arena HSBC no Rio de Janeiro.
Embora o UFC tenha raízes brasileiras, foi nos Estados Unidos que ele se consagrou. O esporte foi uma invenção de Rorion Gracie, especialista no jiu-jítsu brasileiro, e de Arthur Davie. Gracie queria promover a escola de artes marciais de sua família, que havia se tornado legendária pelo "O Desafio de Gracie", um convite aberto aos lutadores de qualquer técnica de luta para enfrentarem, num combate real, um membro da família Gracie ou um dos estudantes de seus cursos. 
Mas, com o tempo o confronto entre estilos enfraqueceu. Por não haver regras, a maioria das lutas terminava no chão e muitas técnicas apresentadas nos primeiros eventos não tinham foco nem treinavam a luta no solo. Os lutadores começaram a expandir os repertórios de estilos e a incluir elementos da luta livre. Gradualmente, o UFC introduziu mais regras e restrições para modelar as artes marciais mistas ao formato de legítimo esporte. Mas, a essa altura, o SEG estava passando por dificuldades financeiras, ameaçado de falência. Como resultado, o SEG não pôde mais arcar com o lançamento dos eventos em vídeos caseiros.

A frente do UFC Dana White se concentrou em aumentar a popularidade do torneio. Os eventos de UFC já podem ser vistos pela televisão em 170 países. A meta de Dana White é levar eventos ao vivo para esses países. Os eventos de UFC estão planejados para a Europa, Japão, Canadá e México.
No Brasil, o evento ainda não tem muita força. Poucos brasileiros se interessam por essa nova modalidade de esporte. Por isso, desta vez, o UFC veio como um megaevento. Durante uma semana o torneio estava com programação intensa, com entrevistas coletivas e visitas à comunidades como a do Cantagalo. Os impactos foram positivos. A Prefeitura do Rio de Janeiro, principal patrocinadora do evento, desembolsou apenas R$ 9.500,00 para trazer o evento ao país e a ocupação dos hotéis na cidade foi de 80%, e 96% no bairro em que as lutas aconteceram.
Os mais de 15 mil ingressos colocados à venda no Rio de Janeiro foram esgotados em apenas uma hora e meia. A organização ainda ofereceu duas cargas extras de entradas, que também acabaram rapidamente. Os preços dos ingressos variavam de R$ 275,00 a R$ 1.600,00. Além disso, a rede de cinemas UCI exibiu o torneio em seis capitais: Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Recife e Fortaleza.
A marca UFC vale hoje cerca de 1 bilhão de dólares (1,6 bilhão de reais) e cada torneio da franquia movimenta, em média, de US$ 30 a US$ 40 milhões na cidade que o recebe.
Fotos/Divulgação: Google
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