quarta-feira, setembro 28, 2011

Redes sociais e política: guia de sobrevivência para candidatos amadores

Obama: pioneiro no uso das redes sociais (Foto: Google Images)
O presidente estadunidense Barack Obama foi pioneiro no uso das redes sociais na campanha eleitoral de 2008. Aplicando técnicas para conquistar eleitores sem os filtros da mídia convencional, o democrata fez com que a conta da Casa Branca no Twitter atingisse a marca de 2,2 milhões de seguidores em apenas algumas semanas. Além disso, promoveu encontros virtuais com internautas norte-americanos para falar sobre emprego, saúde, educação, saneamento básico e economia, entre outros temas. Estas estratégias não apenas garantiram a vitória de Obama, como também revolucionaram os pensamentos de uma geração que, até então, não queria saber de política.

Hoje, líderes mundiais como Nicolas Sarkozy, Angela Merkel e Silvio Berlusconi utilizam as redes sociais para expor suas opiniões e ideais, esclarecer dúvidas, estimular debates, divulgar propostas e, acima de tudo, interagir com seus eleitores em potencial. No Brasil, o interesse da classe política pelo assunto já se provou eficiente na campanha da presidente Dilma Rousseff, em 2010, e antecipa a nova metodologia de marketing político para as próximas eleições.

Consciência digital: item indispensável

Foi-se o tempo em que bastava ter um site atualizado para chamar a atenção do eleitor e erguer a bandeira de uma comunicação online eficiente. Nos dias de hoje, é preciso ter presença digital e estar em todos os canais. Para o candidato político contemporâneo, controlar o que é dito sobre si é essencial para evitar ou reverter situações indesejadas.

Que rede social é coisa séria, (quase) todo mundo sabe. Entretanto, não é raro testemunhar situações delicadas e perigosas nas contas eleitorais espalhadas pela twittosfera: respostas mal interpretadas, afirmações infelizes e até mesmo erros de digitação podem comprometer todo o trabalho de uma campanha.

Dados recentes do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) mostram que 87% dos internautas brasileiros estão conectados a algum tipo de rede social. Neste contexto, fica evidente que a influência e o alcance das redes sociais são grandes, e podem transformar a cultura participativa da sociedade no processo político. Por isso, de nada adianta se animar com a possibilidade de utilizar a internet como plataforma política ou para arrecadar fundos para custear a campanha. Antes, é preciso ter consciência digital.

Por Camila Iara

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