Por Liana Formento
São poucos os que ainda não ouviram falar sobre Web 2.0. Termo que está cada vez mais em evidência na mídia e de um significado muito amplo, para muitas pessoas um pouco nebuloso. Quanto mais se fala e se explica o termo, maior se torna sua definição.
A Web 2.0 pode ser definida como uma segunda geração de ações através da internet. A expressão foi criado em 2004 pela empresa americana O’Reilly Media, com a finalidade de gerar novos serviços para web, como por exemplo, wikis, aplicativos, redes sociais, entre outros. Mais tarde foi adotada por conferências, livros e conseguiu atingir grande popularidade. Essa segunda geração da web pode ser classificada como: web como plataforma, beta, redes sociais, flexibilidade do conteúdo, tags, percepção de valor econômico. Também chamadas de tendências.
Nos Estados Unidos o uso da internet em campanhas políticas já é comum. Aliás, a internet começou por lá. Hillary Clinton usou muito bem a campanha na web, mas acelerou os trabalhos quando a campanha de Barack Obama já estava no topo das pesquisas. A diferença está no uso dos métodos da Web 2.0 e da tecnologia. O marketing de Barack Obama online vai muito além de manter um blog no ar. O timing é perfeito, no momento em que os internautas do mundo inteiro já estão mais preparados com a internet e gritam por interatividade.
O resultado de tudo isso não poderia ser diferente. Com essa campanha 2.0, Barack Obama conquistou um verdadeiro exército de eleitores jovens, todos empolgados em militar a favor de sua moderna campanha. A forma é realmente uma mudança que pode influenciar as próximas campanhas.
Dentro e fora dos Estados Unidos. E o Brasil, onde entra nessa? Hoje temos quase 40 milhões de eleitores internautas e isso só cresce, junto com a participação dos usuários na criação de blogs, envolvimento em comunidade, entre outras atividades on-line. O Brasil é recordista mundial em tempo médio de conexão, à frente de Japão e dos Estados Unidos. Além do que, temos mais de 120 milhões de celulares ativos que dispõem de, no mínimo, recursos de SMS.
O que falta mudar e o que precisamos pra assistir a campanhas como a de Obama? A resposta pode ser: Políticos como Barack Obama. Gente que deixe de lado as velhas idéias e entenda de uma vez por todas que a Internet não é apenas complemento de mídia e que campanha on-line não se resume a um site com a “foto bem grande” e o disparo de e-mails utilizando bases compradas por aí.
Infelizmente, esse ainda é o pensamento da maioria dos políticos brasileiros. E pior, é também o pensamento de alguns profissionais de marketing político que também desconhecem o meio. Como um candidato que antes de perder a última eleição presidencial disse que a “Internet era muito limitada, coisa de classe A e B”.
Deve ter esquecido que os mais de 40 milhões de internautas brasileiros com mais de 18 anos tem que votar também, seja da classe A, B, C ou X. E por isso mesmo, ele deve ter se concentrado apenas nos meios tradicionais ou o que um assessor antenado deveria ter lhe contado é que o consumo de TV e outras mídias tradicionais vêm perdendo espaço no dia-a-dia das pessoas. E justamente para a Internet.
"Com essa campanha 2.0, Barack Obama conquistou um verdadeiro exército de eleitores jovens, todos empolgados em militar a favor de sua moderna campanha. A forma é realmente uma mudança que pode influenciar as próximas campanhas. Dentro e fora dos Estados Unidos"
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