O Italiano Vito Giannotti, esteve no IBES em 27 de abril de 2011 para ministrar uma palestra a respeito do futuro do jornalismo impresso no Brasil. Especialista em comunicação dos trabalhadores, Vito deixou claro que “sua tara é comunicar, divulgar idéias”
Sobre o tema da palestra, ele foi enfático: “ O jornalismo impresso nem chegou ao Brasil”.
O comunicador está há mais de 50 anos no Brasil, tendo passado por diversos países antes de se instalar aqui. Durante 25 anos Giannotti foi metalúrgico, mas sua verdadeira paixão era comunicar, e diante da Ditadura Militar foi preso em 1974 devido seus panfletos que expressavam o pensamento dos trabalhadores.
Para Vito os brasileiros não tem o hábito de ler jornal, e o fato de terem que pagar para obter as informações diárias, leva muitos a optarem pelas mídias gratuitas, em geral os telejornais dos canais abertos.
Fato que ele comprova comparando a tiragem do maior jornal do país com os jornalis da China por exemplo, onde um único jornal tem uma tiragem de 14 milhões diárias, enquanto no Brasil a soma de todos os jornais diários não chegam à seis milhões.
Em países como Japão, Suécia e Noruega mais de 70% da população lêem diariamente, já os leitores Italianos são pouco mais de 10%, e no Brasil a situação é ainda mais assustadora, menos de 5% fazem a leitura diária das informações. Nos estados do sul do país esse número é um pouco maior chegando à marca dos Italianos.
Através destes dados Giannotti conclui seu pensamento de que o jornalismo impresso não pode acabar, pois nem mesmo começou.
Mas de acordo com o palestrante a cultura da leitura diária dos jornais pode ter novos caminhos, como a distribuição gratuita aos leitores. Em São Paulo por exemplo ele citou um jornal que é distribuído gratuitamente nas entradas e saídas do metrô, e tem cerca de 800 tiragens. Outro jornal gratuito citado por Vito é o Jornal da Igreja Universal, que distribui dois milhões e 400 mil jornais semanalmente.
Para Giannotti a distribuição gratuita é o melhor caminho para aumentar o número de leitores no país, visto que temos na atualidade a internet, com suas redes sociais, que trazem noticias a todo instante e gratuitamente para quem tem acesso à rede.
As maiores mídias brasileiras contam com apoio de patrocínios e publicidade governamentais, é também necessário que estas mídias regionais contem com o apoio dos governos, para que a população tenha acesso às informações através de profissionais e gratuitamente.
Veja o momento em que Vito Giannoti defende o incentivo governamental:
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