quarta-feira, novembro 11, 2015

A tecnologia domina e doutrina o futuro do jornalismo

Por Sidnei Batista

O tempo passou, a tecnologia avançou e o profissional de comunicação ganhou novas exigências. Não basta mais retratar uma reportagem de maneira direta seguindo o padrão ensinado por muitas décadas. É preciso ter espírito pioneiro e inovador na construção do que podemos chamar de novo jornalismo. As mudanças são nítidas. Antes havia a centralização na organização do conteúdo, mas hoje o jornalista precisa ser completo: fazer foto, gravar áudios, postar informações em tempo na internet. A missão não é fácil, mas o resultado compensa o trabalho.

Interação. É exatamente esta palavra que resume a atuação jornalística nas mídias digitais. E para dar esse suporte aos profissionais, os veículos de comunicação demonstram pleno interesse no desenvolvimento do seu potencial midiático. Plataformas como Twitter, Facebook e Instagram ganharam identidade através de perfis oficiais de imprensa, sejam de repórteres ou empresas. O público alvo aprendeu que o caminho mais fácil para a informação não está mais na televisão, mas sim na palma da sua mão. E diferentemente de uma programação, a notícia se torna disponível em tempo real.

Mas a velocidade da informação não pode superar a qualidade da mesma. Para isso, o jornalista precisa ter credibilidade e conceituação. A mesma tecnologia que transforma o ambiente de trabalho é capaz de descredenciar o mérito da notícia. A prova disso é o profissional trazer uma notícia com tempo de atraso se comparado a ‘rivais’ da área e até mesmo populares. Sim. São as pessoas ‘comuns’ que podem ser o maior problema nesse desenvolvimento. Isso porque muitos se intitulam repórteres e sem uma academia qualificada perdem o potencial da informação. Uma vez perdido, todo o setor acaba sendo prejudicado.

O jornalista Alberto Dines, ex-professor da Universidade de Columbia, em Nova York, comenta sobre os avanços tecnológicos e sua influência direta com o jornalismo.


A imprevisibilidade do percurso é o que deixa o transcorrer das mídias digitais ainda mais atraente. Não se sabe onde pode chegar, mas a certeza é que se pode voar ainda mais longe. Há 15 anos ninguém imaginaria a realidade que vivenciamos. Daqui a 20 anos, alguém olhará para trás e terá o mesmo sentimento. No caminho da tecnologia existem apenas duas certezas: a evolução prosseguirá e o jornalista terá que se adaptar quantas vezes for necessária essa jornada. O jornalismo não dorme e a notícia ganha vida todos os dias. Seja de maneira interativa ou complexa.

O jornalista luso-brasileiro Manuel Carlos Chaparro, escritor de inúmeras obras sobre comunicação, fala sobre o futuro do jornalismo em meio a tecnologia em pleno desenvolvimento.

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