quarta-feira, novembro 13, 2013

O carro, o Absoluto

Foto: Farley Zucatelli
Dizem que carro e mulher não combinam muito, que mulher no volante é perigo constante. Tem homem que parece que dá mais bola pra carro do que pra companhia que está do seu próprio lado. Mas será que o vício de alguém é capaz de nos tornar um viciado?

Há dois anos e seis meses, eu chegava na casa de um colega para comer um churrasquinho. Era inverno, a rua não era uma das mais bem faladas e em frente ao portão uma carreata de carros. Mas espera, não era qualquer carro dizia o moço ao meu lado. - Esse é o carro! Diz ele. Ok! Pensei eu.


Tímida desci do “o carro” e caminhei até o local do encontro dos amigos. O nome do grupo deles era igual ao do automóvel, que no começo me fazia confundir.

- É um Tempra, né? Perguntei.
- É claro que não! Exclamou o menino já irritado. Essa máquina é um Omega. Uma lenda!
Eu concordei, não dei muita atenção, afinal pra mim era só mais um carro.


Passa algum tempo desde o primeiro “encontro de Omega”, e a ligação entre o veículo e o dono parecia aumentar ainda mais. Era “pretinho” daqui, pretinho dali. Peça nova pra cá, peça nova pra lá. Mal sabia ele que aquela situação estava começando a me irritar. Será que eu estava competindo com um carro? Ou melhor, com a máquina?

- Não viaja! Diz ele rindo. A paixão por carro é completamente diferente. “Aos Omegueiros, o “Absoluto”  (assim chamado o carro) representa toda a grandiosidade do veículo que — para muitos — nunca terá sucessor na produção nacional” completa.

E mais uma vez concordei. O que eu poderia falar de um carro que para o meu namorado era tudo? Então, aquele ditado de “se não pode vencer, junte-se a ele” começou a fazer parte da minha vida.

Foto: Guilherme Puerari
Hoje já se passou dois anos e seis meses. E, para resumir um pouquinho da história do Omega, posso afirmar que virei fã do carro e mais ainda dos amigos que fiz por meio dele. Amigos que vou levar para o resto da vida. Engraçado. Um vício do meu namorado se tornou um para mim também. Estranho pensar que hoje quem quer ir aos encontros sou eu, que quem limpa e deixa ele nos “trinks” sou eu. Só abastecer que ficou difícil.

A única certeza que já tenho é que: não importa quantos anos vão passar, quantas vezes o Omega poderá de estragar, e quantas vezes mensalmente vamos nos reunir. Ele vai estar sempre ali, na estrada, na garagem, e na história de muitos amigos e de um eterno casal.

Abaixo segue um dos vídeos dos encontros que são realizado mensalmente pelo Omega Clube Blumenau.
   

Por Franciele Back

Um comentário:

  1. Simplesmente fantástico, show, resumiu uma linda história. Omega hoje, Omega sempre!

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