quarta-feira, novembro 20, 2013

A mulher no futebol

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O país chamado democrático, o Brasil, não se comporta bem assim quando o assunto é futebol. Isso porque ainda hoje, se percebe um certo preconceito com as mulheres no esporte. Claro que esse olhar machista não é de hoje. Isso foi historicamente construído e fomentado ao longo dos anos.



Mesmo as mais recentes tentativas de incentivo ao futebol feminino acabaram escorregando em comportamentos precoceituosos de nossa sociedade. Um dos pontos seria o foco errado no momento em que a mulher iria para o campo, em vez de ela ser vista e reconhecida pelo talento, o foco era colocado na jogadora de uma bela bermudinha curta, maquiagem e cabelos longos que despertavam o olhar da torcida.

O reflexo é justamente o que se tem hoje, a mulher não é citada na história de sucesso do nosso futebol.O primeiro jogo oficial feminino se deu no ano de 1898 em Londres, quando as mulheres do time da Inglaterra enfrentaram as jogadoras da Escócia. Aqui no Brasil a história não chega num consenso. A Revista Veja afirma em uma de suas reportagens que os primeiros jogos femininos foram organizados por diferentes boates gays no fim da década de 70.  Já o Jornal O Estado de São Paulo, aponta que o futebol entre mulheres surgiu de peladas de rua, e jogos beneficentes.

E para levantar mais dúvidas, o escritor Clério Borges defende a ideia de que as mulheres começaram a jogar futebol em São Paulo no ano de 1921, onde jogaram catarinenses e tremembeenses.O tempo passa e a mulher do futebol é lembrada não por seu desempenho e talento, mas pela sua sexualidade e beleza diante da mídia. Isso está associado a ideia de que os homens sim entendem de futebol, mulher está ali para quebrar o gelo, abrilhantar os olhos masculinos.

É preciso avaliarmos melhor a figura da mulher nesse meio. Já temos a prova de que a mulher pode sim fazer a diferença no esporte e representar muito bem nosso Brasil em grandes competições até internacionais, como é o caso das nossas meninas da Seleção Brasileira. O Brasil precisa incentivar e investir nesses talentos para ampliarmos ainda mais a fama de um país democrático e, de fato, do futebol.

Por Tamara Caroline

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