Plano Real e Estabilidade Econômica

O comércio atua como termômetro
da estabilidade da economia

Com a proximidade das festas de final de ano, torna-se mais fácil observar o que significa viver em uma economia estável e equilibrada. Produtos em profusão, vendas aquecidas, geração de novos postos de trabalho, promoções e ofertas diversificadas do comércio, são indicativos que sinalizam o dinamismo da produção e do consumo. São diferenças muito marcantes quando comparadas às incertezas impostas pela instabilidade inflacionária do passado.

O Real é a moeda nacional desde 1994

Falta de investimentos do universo produtivo, preços descontrolados, ameaças de desabastecimento e desemprego, desequilíbrio da balança comercial, descrédito das instituições e desconfiança da comunidade internacional, era esse o cenário da história econômica nacional em passado recente. As mudanças ocorreram a partir do advento do Plano Real, em 1994, que colocou um fim no fantasma da inflação e deu novas perspectivas à economia brasileira.

Prof. Gustavo Franco, idealizador
do Plano Real

Concebido pelo economista Gustavo Franco, em 1988, o Plano Real foi o resultado de estudos comparativos das causas que levaram ao fracasso outros planos econômicos anteriormente implementados. Sua principal característica foi a adoção da “unidade real de valor” (URV), antes da vigência do Plano, como mecanismo de absorção dos efeitos inflacionários. Depois de seis meses em caráter experimental, o Plano Real entrou em vigor, no dia primeiro de julho de 1994, por decisão do então Presidente da República Fernando Henrique Cardoso.

Os resultados alcançados pelo Plano Real foram efetivos. Controlada a inflação, o País retomou a plenitude do crescimento econômico, à vista da possibilidade de investimentos de médio e de longo prazo. Apesar de alguns entraves no tocante à política cambial nos primeiros anos de vigência, o Plano Real se consolidou como um dos maiores feitos da política econômica brasileira.

Passadas quase duas décadas depois da sua implantação, o Plano Real segue atendendo os fins a que se destinou. A diminuição da distância entre as classes sociais brasileiras, multiplicando exponencialmente a capacidade de compra de toda população, é um dos demonstrativos cabais da sua eficácia. Foi graças ao Plano Real que, em associação a outras potencialidades nacionais, o Brasil passou a ocupar lugar de destaque entre as oito maiores economias do mundo.

Por: Rafa Matos