
Mas afinal,
qual o perfil destas famílias?
Para donos
de grandes redes de supermercado, por exemplo, eles representam ótimos
fregueses. São os que mais compram roupas, eletrônicos e seguros de automóveis.
Aliás, a classe consome 55 bilhões de reais em moda por ano somente no Brasil.
O
publicitário Renato Meirelles já realizou mais de duzentos estudos sobre o
consumidor de baixa renda no país e afirma que nenhuma empresa cresce hoje sem conquistar
o gosto da classe média.
Os
consumidores da Classe C são bastante exigentes. Atendimento de
qualidade e preços competitivos são pré-requisitos básicos para convencê-los. Mas
além do valor, o produto deve ser durável e de qualidade.
As oportunidades no mercado de trabalho estão mais palpáveis. De acordo com uma pesquisa feita
pela Data Popular 70% dos filhos desta classe estudaram mais que os pais. E a partir daí a qualidade de vida só aumenta. Cerca de
40% deles viajam de avião e 17% já foram ao exterior. A cada dez internautas,
seis fazem parte deste composto.
Eles também
são os mais empreendedores do país, diferente da realidade mundial. A cada 100
pessoas que abrem negócios no Brasil, 37% pertencem à classe A e 54% fazem
parte da classe C.
Dinheiro de quem?
O salário
aumentou e a capacidade de consumo também. A renda líquida destas famílias (descontando
todas as despesas) hoje é de aproximadamente 363 reais.
Em
contrapartida, comprometem em média 42% da renda com contas de água, luz,
crediários, cartão de crédito, aluguel, empréstimo e por aí vai. Mais de 14
milhões de famílias estão endividadas hoje no país. De acordo com o Banco
Central, em abril deste ano o nível de calotes bateu 7,6% - maior marca desde
setembro de 2009. Para Ricardo Paes Barros, secretário de ações estratégicas da
presidência, as famílias fazem compras e não tem ideia de o que é o preço e o
que é juros. “Nossa legislação não obriga a mostrar isso”.
Dinheiro
pra guardar
A economia doméstica é o primeiro passo para o equilíbrio. As dívidas geram estresse e dezenas de doenças crônicas.
- Uma dica de especialistas é elaborar uma tabela com seu próprio orçamento, descrevendo todas as despesas prováveis e as receitas do mês. Pode ser numa folha de papel mesmo. Só não pode esquecer nenhum gasto: alimentação, transporte, contas fixas, emergências, etc.
- Poupe dinheiro! Comece juntando pouco por mês (10, 30 reais) e vá aumentando. Toda vez que receber o salário coloque o valor no cofrinho. Lembre-se: comprar a vista é sempre mais barato.
- A pesquisa é indispensável! Vá em mais de uma loja, procure um modelo similar, calcule o custo benefício, espere por uma promoção e, se precisar, pexinxe.
- E o mais importante: nunca compre por impulso! Estude a necessidade de cada aquisição, a utilidade do produto no seu dia-a-dia, verifique a garantia e a possibilidade de troca.
Ah, e fique esperto às tentações do mundo capitalista:
Por: Rafaela Costa
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