
O principal motivo que mantém o menino dedicar horas
ao estudo é o acesso à internet por quase metade do seu dia. Na web ele
encontra todo o material necessário das disciplinas escolares através de blogs,
sites, vídeos, e-books e outros.
Quando não está estudando, o garoto permanece
navegando na internet, mas em outras formas, como jogos online, portais de
anime e redes sociais, nas quais sua foto de perfil também é um dos personagens
de desenhos japoneses.
Diferentemente de boa parte da turma, Jonas possui
poucos amigos. Contando com os dois primos que moram ao lado de sua casa,
apenas com Gustavo, que estuda com ele possui contato. Alguns coleguinhas de
sala, durante o dia, jogam bola, andam de skate, praticam atividades físicas ea noite dedicam tempo ao mundo virtual.
Seu irmão, onze anos mais velho, teve também uma
adolescência diferente de Jonas. Saia bastante, dava rolés com os amigos,
cantava as menininhas mais novas, praticava esportes e era bastante
extrovertido. Não era nenhum gênio na escola, mas conseguia a aprovação sem
exames finais. No fim de sua adolescência, pegou o início da popularização do
mundo virtual como um ambiente social de entretenimento. Porém, já estava em
transição para a vida profissional, a qual tomava boa parte do seu tempo.
Seu pai conheceu a internet como um meio de trabalho e
até hoje possui dificuldades em mandar mensagens para seus amigos no facebook.
Quando jovem seu entretenimento era aos fins de semana quando ia ao baile no
clube com sua família, ou na pelada de sábado, onde era artilheiro do time.
Durante a semana trabalhava e estudava. Já seu avô não sabe ainda como ligar um
computador e nem possui vontade.
Irmão, pai e avô, ambos com físico forte e parecidos.
Somente Jonas é o diferente. De tanto ficar trancado em casa, as gorduras
tomaram conta e o garoto já pesa 80 quilos. Problemas de visão é outro problema
enfrentado pelo menino, como também a timidez e mau humor.
Para os pais ingênuos, Jonas está no caminho certo, já
que é exemplar na escola e nunca teve fama de garoto problema. Mas até aonde
isso é saudável? Estão crescentes os casos como este na nova geração e só tende
a piorar com a evolução. É hora de começar a se coçar e achar uma resolução ao
problema, se não daqui a pouco teremos seres humanos altamente alienados ao
poder de uma máquina e longe da vida em sociedade.
Por Fagner da Rosa
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