quarta-feira, outubro 03, 2012

Convergência midiática e a profissão de jornalista


Impulsionados pelo avanço da tecnologia nos últimos cinco anos, os veículos de comunicação têm mudado o jeito com que produzem o conteúdo para atender a parcela consumidora. Antes, se um internauta acessava as informações de um site de notícias no computador de casa, após o dia de trabalho, hoje o público está nos smartphones acessando o Twitter e o Facebook. Com isso, os veículos enxergaram a necessidade de convergir, já que de uma maneira geral o público está cada vez mais exigente perante a informação.  Há pouco tempo, notas  dava conta de explicar a notícia, hoje, esperam que além da melhor abordagem, o veículo de comunicação publique  fotos, vídeos e o que mais for possível.

Até veículos tradicionais como o rádio entrou nessa onda de fazer tudo ao mesmo tempo. Emissoras do  mundo inteiro já tem sites de notícias com fotos, vídeos e informações de texto, algo inimaginável para os seus criadores. Em Blumenau, um exemplo de convergência é a Rádio Nereu Ramos, que há dois anos investe em recursos no seu repertório online.

Esse tipo de iniciativa visa em primeiro lugar, o lucro. É claro que as empresas de comunicação se interessam por informar o público da maneira que eles esperam, mas essas mudanças nunca aconteceriam se as empresas não lucrassem. Uma rádio que disponibiliza, por exemplo, o conteúdo online está abrindo o leque de público e com certeza visando conseguir mais anunciantes. É uma espécie de cultura da convergência: o veículo de comunicação atende as vontades do público e gera receita, sendo também favorecido.

Porém, a convergência da mídia criou não apenas uma extensão do mercado e produto de oferta, mas também o desafio para o profissional de comunicação. Hoje não basta ser um profissional de um veículo só, é preciso ser multimídia. Tirar foto, fazer texto, ser criativo para as redes sócias e preservar a ética. Com tanta demanda é possível que o jornalista se depare com situações onde se pergunte se está sendo ético ou não. A agilidade necessária nesse novo cenário exige que decisões sejam tomadas imediatamente. Não dá para esperar um setor jurídico avaliar uma foto em que aparecem crianças em um cenário humilhante, por exemplo. Nesses casos, os bons e velhos conceitos éticos do jornalismo serão usados, pois esses, nunca estarão desatualizados.

Postado  por Suellen Venturini

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