quarta-feira, outubro 17, 2012

Convergência midiática e o futuro da mídia tradicional


Foi-se o tempo em que a informação estava concentrada nas mãos dos detentores dos veículos de comunicação de massa. Com o advento da internet e a popularização dos dispositivos móveis com conexão banda larga, esse poder concentrado começou a perder força. Hoje, qualquer indivíduo pode se fazer ser ouvido através das redes sociais on-line. Para tal, basta ter em mãos o conteúdo e a oportunidade de compartilhá-lo.

A rede formal de comunicação precisa estar atenta às informações postadas nas redes on-line. A fonte de seu furo jornalístico pode estar, a qualquer momento, postando o potencial assunto do dia de amanhã em uma rede social como o Facebook, por exemplo.  Saber rastrear o fluxo de informações e mensurar temas com tendência de ascensão é fundamental para o profissional de jornalismo.

Tão importante quanto ser informado rapidamente  e veicular em primeira mão, é ter a ética de checar a credibilidade da fonte. Fontes com pouca autoridade ou relevância sobre o tema da informação devem ser postas em dúvida e melhor averiguadas.


Televisão e rádio: mídias que precisaram se reinventar

O rádio agora vai muito além do “radinho à pilha”: profissionais podem veicular podcasts, ou seja, programas radiofônicos gravados em arquivo de áudio digital e disponibilizados via web. Os assinantes de blogs e feeds RSS desses canais são notificados quando da disponibilização de um novo programa e, a partir daí, podem realizar seu download. Uma vez baixado, o arquivo pode ser transferido para qualquer dispositivo de reprodução de áudio.

Ao contrário da versão analógica, na internet o rádio e a televisão podem ter sua memória preservada, com o histórico completo dos programas já gravados disponíveis para visualização ou audição, a qualquer tempo.

Outro ponto que não pode ser esquecido é a ausência de fronteiras. Enquanto as rádios são limitadas à amplitude que o sinal pode atingir, na web essa limitação inexiste.  Pode-se escutar uma estação européia, chinesa ou australiana sem qualquer interferência ou perda de sinal.

A programação radiofônica e televisiva precisa aprender a conversar com o público e tirar proveito das novas possibilidades de diálogo pelas redes sociais. O ouvinte ou o telespectador hoje pode ter contato direto com o veículo. Cabe a ele saber canalizar esse potencial em prol de uma comunicação interativa, participativa e muito mais interessante.

Todas as mídias podem lucrar com as possibilidades que a internet abre. O potencial de retorno real, viralização,  a ausência de fronteiras e  a perenidade são características que precisam ser avaliadas e melhor aproveitadas.

Por Paula C. Laun

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