Em 1938 nasceu meu avô, mesmo ano em que Getúlio Vargas criou a Voz do Brasil. Naquela época o rádio era o único instrumento de acesso à informação das famílias brasileiras. As brincadeiras de infância eram sempre silenciadas quando vozes (que vinham de dentro da caixinha de madeira) tinham algo a noticiar.
Jamais sairão da memória os relatos sobre a Segunda Guerra Mundial e sobre os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki. Era tudo muito subjetivo, toda a visualização do fato ficava por conta da imaginação.
Uma década depois, em 1950, Assis Chateaubriand trouxe a televisão para o Brasil e com ela toda uma nova fórmula de comunicação e alcance. O mundo em movimento, os programas de auditório e os envolventes atores da telenovela. Tudo era novo, mas apesar das tecnologias, era tudo uma questão de “apertar o botão”.Você que está lendo esse post provavelmente não está tendo dificuldades em descer a barra de rolagem, não é mesmo? Isso se deve ao fato que você não pertence à Geração X. Essa denominação é dada as pessoas que nasceram durante a Segunda Guerra Mundial, como meu avô. Um clássico Baby Boomer!
Hoje, aos 74 anos, ele tenta dar os primeiros passos no computador. É tudo tão difícil, tão complicado! Programas, botões, páginas, botão direito, redes sociais, plataformas, dominar o mouse, entender que internet não é a mesma coisa que e-mail, que www e @ não pertencem à mesma frase, e ainda ter que se conformar que pop-us vão brotar na sua tela!E pensar que as crianças de hoje nascem com o iPad na mão e uma conta no instagram...
Nenhum comentário:
Postar um comentário