A jovem mora com os pais, irmão mais velho e a avó. Os pais trabalham juntos há 15 anos, na mesma empresa. Ela não entende como os pais não enjoam de trabalhar todo dia no mesmo lugar. O irmão mais velho, 21 anos, já não usa mais um caderno para fazer as anotações da faculdade. Nesse momento, um tablet é bem vindo. A avó passa o dia fazendo tricô, coisa que Isadora não tem paciência. Por falar nisso até hoje, ela não soube ensina-la mandar um e-mail.
A avó nasceu numa época difícil, um pós-guerra. Vivia mal de grana e estudou apenas até o que hoje chamamos de Ensino Fundamental. Trabalhou muito tempo em facção e, apesar de ser uma criança agitada, fez “brotar” a paciência em virtude do trabalho.
Os pais de Isadora ouviam Beatles e foram revolucionários! Vestiam a camisa em virtude dos causos. O mundo praticamente mudou quando souberam do surgimento de um tal de computador. Mas, na verdade, eles nem sabiam como funcionava equipamento gigante. Nunca teriam um daquele, pois não ia caber no quarto.
O irmão praticamente “nasceu enviando e-mails” e conheceu aquele barulhinho legal da internet discada. A facilidade com que Isadora faz suas pesquisas é imensa. Sim, dá para achar a cotação do dólar no Twitter ou o livro que quer ler na web.
A história é fictícia, mas pode ser comum nas famílias brasileiras. Na de Isadora, dá para notar as diferenças da geração dos babies boomers, X, Y e Z que, se logo observadas, podem se complementar e dar a ideia de que “uma mão lava a outra”. Mas o inverso também vale.
As divergências não se não forem bem administradas, geram conflitos em qualquer âmbito da vida. É importante conhece-las entre as gerações. Agir com mais flexibilidade diante delas e criar outras maneiras de viver ou trabalhar juntos, torna mais agradável e traz o que é mais interessante em cada geração.
Por: Manoella Back
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