Por Daiani Caroline Coelho
Para celebrar mais um fim de ano que se aproxima, nada melhor do que reunir a família e os amigos para uma tradicional ceia de Natal. Essa data, comemorada de diferentes formas ao redor do mundo, também possui peculiaridades quando o assunto são os pratos servidos.
Na Rússia, por exemplo, evita-se qualquer tipo de carne; os jamaicanos abusam das ervilhas em suas receitas para a ceia de Natal; na Alemanha, é tradição comer carne de porco e pratos de temperos fortes; e no Brasil, como todos sabem, os pratos tradicionais da ceia natalina são peru, chester, pernil e, devido à colonização portuguesa, em algumas regiões, bacalhau e rabanada também estão presentes.
Para acompanhar todas essas opções gastronômicas, uma boa bebida não pode faltar. E é aqui que entram os vinhos. Mais consumidos nesta época do ano, vinhos e espumantes estão espalhados por todos os lugares nas cidades.
Para o especialista José Carlos Grando, da Cia. do Vinho, o tipo de bebida que, quem quer consumir junto à ceia natalina deve escolher, depende muito do tipo de comida que será servida. “Nesta época do ano, os espumantes são bem adequados, como também os vinhos brancos. Para aqueles que gostam dos tintos, também podem ser servidos, desde que sejam macios, jovens e bem frutados”, recomenda.
Réveillon
Para celebrar a tão esperada hora da virada, a bebida escolhida, geralmente, é o espumante. Antes, só consumida nas festas de fim de ano ou em comemorações especiais, hoje, a bebida conquista cada vez mais apreciadores. Grando destaca que é possível encontrar uma grande variedade de espumantes nacionais do tipo Brut ou Moscatel de ótima qualidade. “Por serem leves e aromáticos, esses espumantes são ideais para serem consumidos durante o Réveillon”, destaca. Já para os consumidores mais exigentes, a indicação do enófilo são os espumantes franceses e espanhóis, que possuem preços mais elevados, mas também compensam na qualidade.
Vinhos, espumantes e champanhes
Toda essa variedade de produtos, tanto nacionais quanto importados, muitas vezes, gera confusão na hora da compra. Muitas pessoas não sabem, por exemplo, a diferença de produção entre o vinho, o espumante e o champanhe.
Grando explica que os três tipos são fabricados com uvas brancas ou tintas, o que muda é o processo de fermentação e de fabricação. Os vinhos são fermentados em tanques e depois envelhecidos em garrafas ou barris de carvalho. Já os espumantes passam por mais uma fermentação e é através dessa segunda fermentação que surgem as famosas bolhas.
A designação “champagne” é usada somente para os vinhos espumantes produzidos na região de Champagne, no Nordeste da França, das uvas Pinot Noir, Pinot Meunier ou Chardonnay. O termo é delimitado apenas a essa região produtora e é, inclusive, protegido por lei, garantindo a valorização da bebida no mercado mundial.
Outras regiões do mundo também têm denominações controladas. É o caso da Cava, espumante produzido na Catalunha, no Nordeste da Espanha, ou do Prosecco, um leve espumante exclusivo da região de Vêneto, na Itália.
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