quarta-feira, novembro 23, 2011

Internet e política: o futuro do processo eleitoral


Por Erivelton Schmidt

A política está presente na vida de qualquer cidadão, independente se ele diz gostar ou não. Os processos eleitorais são momentos em que as pessoas tomam decisões que vão mudar e moldar o cenário político do país, do estado e da cidade, onde vive.
A internet já faz parte do contexto de muitos brasileiros e começa a provocar reações desencontradas. É possível encontrar na rede notícias e mais notícias sobre escândalos políticos, mas nem todas são verdadeiros.



E todas as decisões dos eleitores estão veiculadas a contextos específicos traçados pelos meios de comunicação, como TV, rádio, jornal e, também, a internet. Através desse último meio, a política é essencialmente aquilo que os políticos, tanto da oposição ou não, querem que seja. Ela é determinada por eles. Apesar de a internet ter quebrado a monopolização dos grandes veículos de massa sobre o processo político, ela parece assustar os políticos mais conservadores, que não possui tanta ligação com as novas ferramentas de se comunicar.

E eles se vêem em um mato sem cachorro. Pois os mais liberais estão se encontrando nesse meio e, melhor, conseguindo atrair olhares dos jovens. A multiplicação de Weblogs, Twitters, páginas no Facebook, e todo o tipo de comunidade da rede mostra uma situação não prevista e incontrolável. Muitos políticos mais conservadores não conseguem interagir como os outros. E isto está obrigando eles a rever seu modelo de poder político.

Politicamente, a geração internet mostra-se refratária às práticas e valores tradicionais do processo. Mas está atitude é na verdade profundamente política, porque aponta para o surgimento de algo novo que vem combater aquilo que regia há anos a política brasileira. Os dilemas e incertezas dos que desconfiam da internet são claramente visíveis na imprensa brasileira, que se mostra integrada ao sistema de poder político hegemônico no país, sem dar-se conta de que existe um contra-poder em gestação, cujo perfil é totalmente distinto daquele que caracterizou a esquerda.

A cobertura das eleições presidenciais de 2010 faz parte deste contexto midiático e tende a fortalecer a ideia de que só existe um poder político, o que é uma ficção. Existe um poder, mas a internet está criando outro que funciona segundo regras próprias e que em sua maioria ainda não foram suficientemente materializadas aqui no Brasil. Nos EUA, a campanha eleitoral do atual presidente eleito Barack Obama mostra claramente a evolução na política com a internet. Esperamos que o Brasil adote esse mesmo modelo.

Fotos: Divulgação

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