Existem pessoas que afirmam que estamos vivendo a “era da comunicação”. Nunca saímos dessa era, pois desde que o mundo é mundo a humanidade têm aprimorado os mecanismos para se comunicar de forma mais assertiva. Ou houve um período na história em que nós, os mortais, paramos de espalhar nossas ideias ou se interessar pelas ideias dos outros?

Tão grande quanto a rede é o número de “especialistas” em novas mídias. Difícil hoje é apontar quais são as novas mídias, visto que as plataformas do ano passado já estão sendo substituídas por outras, mais rápidas, interativas e econômicas . Quem comprou um netbook já está excluído e juntando dinheiro para ter um tablet. Quem publicava em blog agora precisa saber escrever e interagir com a tecnologia mobile, e por aí vai....
Muito se fala hoje em convergência midiática, comunicação em tempo real, e outros conceitos que remetem à tecnologia e compartilhamento de informações na rede mundial de computadores. Todo mundo está maravilhado com a possibilidade de gerar conteúdo e distribuir na nuvem, possibilitando assim sua autopromoção. E essa alquimia gerada pelas redes sociais está tornando os indivíduos mais exibicionistas, menos críticos a sua exposição.
Diante dessa realidade o jornalismo se vê “ameaçado’ do ponto de vista da ética. Como qualquer indivíduo que tenha acesso à rede pode “noticiar”, o jornalista tradicional acaba vendo sua função ser banalizada. Há uma corrente de pensadores que defende que é uma questão de adaptação e não necessariamente uma ameaça – e essa realmente parece ser a conclusão mais sensata – mas há os que digam que hoje em dia “todo mundo é jornalista”.
O fato é que, concorrendo com outros veículos, já era difícil ser jornalista e abastecer o público com informações relevantes e interessantes, imagine agora que qualquer um pode mostrar com vídeos, áudios e fotos... Daí a importância de este profissional se manter íntegro, primar pela ética, pelos critérios de noticiabilidade.
Certamente não é uma tarefa fácil, porém não é impossível. Se na época em que o número de emissores de informações era menor a ética era quesito básico para exercício da função, agora ela é uma exigência feita inclusive pelo público. Os receptores acabam sendo os vigilantes da imprensa e qualquer deslize gera reações em escala global em questão de segundos. É por isso que todo cuidado é pouco e a ética deve ser um hábito a ser alimentado todos os dias, estejamos on ou off line.
por: Cícero Nogueira
imagens: Google Imagens
Nenhum comentário:
Postar um comentário