quarta-feira, setembro 14, 2011

UFC Rio movimenta cerca de R$ 85 milhões somente no Rio de Janeiro

Por Camila Iara

O UFC Rio vendeu 14,8 mil ingressos (Foto: Google Imagens)
Combinando modalidades como boxe, taekwondo, caratê, jiu-jitsu e judô, o MMA (sigla em inglês para Artes Marciais Misturadas) é o esporte que mais cresce no mundo. Em um confronto regular, são três rounds de cinco minutos em que os lutadores se enfrentam para mostrar suas habilidades e, com muita estratégia e disciplina, derrotar o oponente no octógono.

No dia 27 de agosto, o Rio de Janeiro  sediou o UFC, maior campeonato de MMA do mundo. Com 14,8 mil ingressos vendidos e preços variando de R$ 800 a R$ 1,6 mil, o evento foi marcado por lutas rápidas e pelo grande número de nocautes. De quebra, deve movimentar cerca de R$ 85 milhões somente na capital fluminense.



Não é à toa que o MMA caiu nas graças do público brasileiro: a ascensão dos atletas nacionais no mercado internacional cresceu e fez com que o país tivesse, mais uma vez, orgulho de seus representantes esportivos. Hoje, empresas que atuam no mercado de e-commerce no setor esportivo são capazes de obter lucros gigantescos – e, até poucos tempo atrás, inimagináveis – com produtos relacionados ao UFC.

Exemplo disso é a Netshoes, que tem comemorado grandes avanços em suas vendas. Com a presença significativa do campeonato no Brasil, a empresa chega perto dos 90% da meta de vendas para 2011. Produtos como camisetas, DVDs e miniaturas colecionáveis representam 7% das vendas e já estão esgotados nas prateleiras das lojas da marca.

Anderson Silva, campeão dos pesos médios (Foto: Google Imagens)
O “boom” do MMA e do UFC no Brasil não só impulsinou a economia do país, como também fez com que as empresas abrissem os olhos para o leque diferenciado de estratégias de vendas à disposição no mercado. Para garantir seu lugar ao sol, a Netshoes conseguiu exclusividade na comercialização da camiseta com a qual o lutador brasileiro Shogun entrou em cena no UFC Rio. Além disso, em breve, o público feminino poderá comprar roupas e acessórios licenciados do campeonato através do site da empresa.

Mas se engana quem pensa que são só as marcas relacionadas ao esporte que faturam rios de dinheiro. O Burger King, por exemplo, provou saber organizar suas táticas de venda e produziu, há pouco tempo, um comercial com Anderson Silva - atual detentor do cinturão de pesos médios do UFC. No vídeo, o protagonista declara, em tom bem humorado, sua paixão pelo recém-lançado sanduíche Mega BK Staker.

Brasil: consumismo à prova de balas

A economia brasileira é a maior da América Latina. Uma pesquisa realizada pela WWF-Brasil em parceria com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística – Ibope comprova que 55% da população consome o equivalente à produção de dois planetas Terra.

Dados como este ajudam a dimensionar a fixação dos torcedores quando o assunto é esporte: não há quem não vista a camisa de seu time, esporte ou atleta favorito em solo brasileiro. A população gasta quantias tão extraordinárias para manter o status na torcida que, sem perceber, se responsabiliza por uma fatia enorme no aquecimento da economia contemporânea.

O UFC ficou afastado do Brasil por mais de uma década. Porém, depois de tanta espera, parece que o evento vai se tornar uma constante no país. O presidente do campeonato, Dana White, garantiu que o UFC voltará a acontecer em solo brasileiro em breve . Isso significa que a movimentação econômica deve disparar nos próximos anos (no segmento esportivo, pelo menos). Os organizadores do evento, inclusive, já declararam que é muito fácil trabalhar com vendas no Brasil.

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