quarta-feira, setembro 21, 2011

O Rádio trocou a Música pelo pedido de Socorro

Por Rosangela Lara

Uma semana que estava se iniciando com um assunto já em pauta, 11 de Setembro.
Mas ninguém imaginava que aquela semana o Vale do Itajaí também entraria para a história, com o dia 08 de Setembro.
Fazendo parte da equipe da Rádio Nova FM e Rádio Ponte FM (Indaial), o espaço da musica foi tomado pelos pedidos de socorro.
Ao normal de toda chuva aonde se pede caminhões para retirada de mudanças, dessa vez foi muito diferente, o pedido era para barcos e canoas para retirar as pessoas ilhadas.

Nesse momento já se percebia que o estrago seria grande.
Impotente esse é o sentimento diante a situação, era muita chuva e o nível do Rio que não para de subir, e o que estávamos acostumados a fazer que era levar boa musica naquele momento o nosso trabalho era levar apenas informações, de alagamentos, que as pessoas saíssem das aéreas de risco, quedas de barreiras, e relatos de famílias que perderam tudo.

Mais uma vez o Radio mostrou que seu trabalho é fundamental, ele esta em todos os lugares.
O trabalho de uma Rádio nessas horas é fundamental, nosso trabalho fui muito importante fomos um canal entre a população, a defesa civil, e o corpo de bombeiros.

Sofremos juntos com a população, mas o que nos motiva ainda mais era a participação dos ouvintes de uma forma também fundamental, aonde muitos nos repassavam informações fazendo o trabalho de voluntário, e até mesmo de um repórter cidadão.
Foi uma conexão de informações entre todas as Rádios do Vale do Itajaí, todas falavam a mesma língua, era uma troca de informações, locutores realizando fleches para várias Rádio, um misto de emoção e também o jornalismo na veia falando mais alto.

Mas enfim o dia 08 de setembro passou, a água baixou e a esperança de reconstruir voltou no sorriso das pessoas que tiveram sua história marcada mais uma vez pela enchente.

O nosso trabalho continua, agora levando uma palavra de otimismo, esperança, e apoiando todas as ações solidarias em prol de todas as vitimas.
Esse foi e é o trabalho de uma Rádio, em uma emergência, não existe hora, nem dia e nem emoção, o jornalismo prevalece fala mais alto neste momento.

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