O passo principal para a grande revolução das mídias veio em 2004, quando surge a Web 2.0, termo usado para designar a segunda geração de comunidades e serviços e trazendo aplicativos baseados em tecnologia da informação e rede sociais. Os impactos da internet nas empresas e práticas jornalísticas foram rapidamente percebidos com a popularização da web 2.0. O envolvimento de cidadãos comuns, antes considerados meros leitores, na publicação e edição de conteúdos jornalísticos tem se tornado uma prática cada vez mais comum.
Além disso, muita coisa vem mudando nesses tempos de internet, e agora vemos cada vez mais políticos aderirem as novas redes sociais para se comunicarem com seu eleitorado. Para a geração que cresceu assistindo propaganda política na TV, comandadas pelos mestres da publicidade, ter acesso direto aos seus candidatos representa um grande passo.
Um dos maiores exemplos de sucesso dessa nova propaganda eleitoral é o do Presidente dos EUA. O Twitter foi uma das ferramentas escolhida por Barack Obama para apresentar suas idéias durante o período que precedeu as eleições.
O governo americano também tentou, sem muito sucesso, abrir um canal de opinião para a população para a definição da nova “cara” do governo no século 21. Mesmo tendo atingido apenas algumas milhares de pessoas, muitas delas com algum envolvimento político, a ação é positiva e pode abrir caminhos futuros para essa relação.
No Brasil, algumas medidas vêm acontecendo como a liberação do uso de e-mail, blogs, sites de relacionamento e até do Twitter nas campanhas eleitorais. Alguns políticos, como o ex- governador de São Paulo José Serra pode ser seguido no Twitter.
Para o superintendente de jornalismo e esportes da Rede TV!, Américo Martins, os políticos do Brasil não utilizam corretamente as redes sociais. Ao participar de um painel Congresso de Comunicação Mega Brasil, ele citou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, como exemplo de figura pública que soube se inserir na nova plataforma de mídia.
No Brasil, durante as eleições do ano passado, não vi isso (a interação dos candidatos com os internautas presentes nas redes sociais). "O que acompanhei foram políticos conservadores querendo ter o mesmo discurso tradicional, que usa em outros lugares, nas redes sociais", avaliou Martins, durante sua apresentação no evento realizado em São Paulo.
Além do Brasil, o profissional da Rede TV!, com passagem pela BBC, disse que a região do Reino Unido também sofre com os mesmos problemas quando o tema é a forma com que os políticos encaram as redes sociais. "Eles estão na plataforma, mas querem impor suas mensagens. Não dá certo", declarou
Nos resta agora acompanhar as próximas eleições e ver como se dará a campanha on line. Será que entrarão os marketeiros de plantão com sua força? Ou veremos um debate mais aberto com os candidatos? É esperar pra ver! O que conta mesmo é que os canais estão aí, acessíveis a todos e, com isso, torna-se cada vez mais fácil questionar, debater e esclarecer questões.
Jailson Angeli
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