No dia 26 de abril o Centro Acadêmico de Jornalismo Fernando Arteche (CAJFA) trouxe ao auditório do IBES/SOCIESC o palestrante Vito Giannotti. Com o tema “O Futuro do Jornal Impresso", a palestra iniciou às 18h30min, voltada aos acadêmicos dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda..
Além de estatísticas a respeito da venda de jornais impressos, Giannotti afirma que não haverá o fim do jornal, e que no Brasil ele sequer começou. A argumentação está baseada na quantidade extremamente pequena de produtos veiculados todos os dias, se comparado com outros países, como o Japão, por exemplo.
O palestrante defende também o uso das redes sociais para alcançar adeptos ao jornalismo impresso. Ferramentas como twitter e facebook podem ser úteis nessa conquista.
Sobre o palestrante
Natural da província de Lucca, Toscana, na Itália, Vitto Gianotti veio para o Brasil em 1964, aos 21 anos. Trabalhou como metalúrgico e mais tarde se formou em Sociologia. O escritor é membro da CUT (Central Única dos Trabalhadores), que ajudou a fundar em 1983.
Por Sabrina Hoffmann
Eu não esperava uma repercussão muito grande com a palestra do Vito, porque não há movimento em quase nada que acontece no IBES, especialmente no curso de Jornalismo - o mesmo não se pode falar de Publicidade, que mesmo sem ter grandes eventos são mais unidos e (para espanto de alguns) tem o ego menos inflado.
ResponderExcluirClaro que o Vito Giannotti tem uma militância de extrema esquerda, ele defende aqueles que não têm acesso à faculdade, os que são esquecidos pela mídia "limpinha, imparcial, etc.".
Mas, eu gostei da palestra porque traz uma visão menos mercadológica do Jornalismo, especialmente numa faculdade que insiste em formar para o "mercado de trabalho".
Teve gente que o achou muito desbocado, porque falou palavrões para demonstrar sua indignação com algumas coisas que acontecem na mídia alienadora atualmente. Eu achei subversivo, provocante. Afinal o Jornalismo não é subversivo? Dá para ser a voz da sociedade sendo um puritano- conservador- provinciano? Sim: dá para ser a voz de uma sociedade que só olha para si, que não tem compromisso com a realidade de um país onde 70% das pessoas luta diariamente para chegar ao final do mês com o MÍNIMO para não passar fome.
Não creio que virão outros pensadores polêmicos como o Vito para palestrar no IBES, infelizmente. Ainda bem que vivemos numa época de acesso fácil a muitas ideologias, porque se dependêssemos do que essa faculdade nos proporciona sairíamos dali mais alienados do que entramos.