segunda-feira, maio 02, 2011

O futuro e a atual situação do Jornal Impresso no Brasil

Por Monique Becker 

Estamos no 7º semestre e desde o início da faculdade em julho de 2007, já fazíamos o questionamento, "Afinal, será o fim do jornal impresso?".

Depois de muitas discussões em sala, até mesmo com convidados que afirmavam o fim das folhas amareladas, tivemos a feliz surpresa de um debate com o escritor e coordenador do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), Vito Giannotti.

Foto: Divulgação
Aos 68 anos, o simpático e sincero “comunicador” abriu nossas mentes para um novo modo de pensar sobre as novas mídias em relação aos demais suportes midiáticos. Seu timbre de voz forte e sua atitude franca aos relatar a situação do jornal impresso no mundo, com dados preocupantes, nos fazem refletir.

A palestra foi uma iniciativa dos integrantes do Centro Acadêmico de Jornalismo Fernando Arteche (CAJFA), uma importante integração entre estudantes e profissionais. A experiência de vida e de mercado de Giannotti encantou os acadêmicos. 

Quando comparado com o Japão, o Brasil fica muito atrás em tiragem de jornais. Vito nos apresentou dados como os 14 milhões de jornais vendidos diariamente no Japão, enquanto que no Brasil são apenas 6 milhões. Diante desses números, afirma que o jornal impresso na verdade nem chegou no Brasil. 

Com forte sotaque italiano, pronunciou diversas vezes a frase“ O jornal impresso nem chegou no Brasil”, talvez para frisar a importância de lermos mais e mais e de levarmos adiante a afirmação. 

Foto: Divulgação
Deu exemplos de jornais gratuitos distribuídos em metrôs e falou sobre o jornal da Igreja Universal. Afirmou que este tipo de jornal pode ser um incentivo para os novos leitores que não tem o costume nem condições financeiras de adquirir jornais diariamente.  

Uma nova visão sobre um tema tantas vezes debatido, uma nova reflexão para os novos jornalistas.

O Palestrante

Vito Giannotti nasceu na Itália em 1943 e vive no Brasil há mais de 45 anos. Por mais de três décadas foi metalúrgico e militante em São Paulo. Participou das lutas sindicais e populares contra a Ditadura Militar, além de escrever e incentivar boletins, jornais, cadernos e livros durante o regime, inclusive precisou dar explicações sobre aquilo que escrevia e sofreu tortura em uma época de censura.
No começo da década de 1990, uniu-se a jornalistas e professores para fundar o Núcleo Piratininga de Comunicação com o objetivo de contribuir na construção e aperfeiçoamento dos meios de comunicação.

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