Há alguns anos, distanciava-se uma geração da seguinte por um espaço de tempo de cerca de 25 anos, segundo alguns especialistas. Este espaço de tempo está diminuindo cada vez mais. Hoje pode-se pensar em uma nova geração a cada 10 anos. É cada vez mais comum ver pessoas de diferentes gerações convivendo e conflitando no mesmo ambiente de trabalho ou lazer.
Em 1945, os Estados Unidos e o restante das Forças Aliadas declararam vitória na Segunda Guerra Mundial. Os soldados voltaram pra casa, a economia americana encontrou uma força renovada ao fornecer mercadorias ao mundo livre para reconstruir suas economias e as pessoas se estabeleceram e começaram a ter filhos. Muitos filhos.
Desta explosão populacional surgiu o que passou a ser chamado de Geração Baby Boomer, expressão que vem de Baby Boom, ou, em tradução livre, Explosão de Bebês.
Essa geração sobreviveu à ditadura militar, viu chegar o rock’n’roll nos anos 50, experimentou todos os tipos de amor e drogas trazidas pelos anos 60.
Os baby boomers fazem parte de uma geração que respeitava e obedecia os pais e os mais velos sem questionar, demonstrando respeito pela família consolidada e “feliz”.
Almejam uma carreira sólida e duradoura em uma empresa de sucesso, apresentam maior preferência por produtos de alta qualidade, ao invés da quantidade e usam as experiências passadas – histórias de êxito dos pais e avós – como lição para o futuro.
Mas um tempo depois a geração dos boomers cresceu e deu à luz a uma nova geração, a Geração X. Eles nasceram aproximadamente entre os anos de 1960 e 1980.
Buscam a individualidade sem abandonar a convivência em grupo, buscam seus direitos e procuram conquistar a “liberdade.
Por sua vez assistiram – e lutaram – as Diretas Já, eram os “caras pintadas”, derrubaram o presidente Collor, sobreviveram à crise da inflação, viram a AIDS chegar e levar o ídolo Cazuza.
“Ele é apegado a títulos, apegado a cargos, gosta de deixar claro a posição em que está, porque, para ele, é mérito de muito esforço que ele teve”, diz Renato Trindade, presidente da Bridge Research, empresa paulista de pesquisa especializada no público jovem
É também a geração que viu chegar a Internet e a tecnologia tomar conta de tudo. Estão sempre conectados mas não sentem necessidade de buscar inovações a todo momento.
Veio então, a Geração Y, os filhos da Geração X e netos da Geração Baby Boom.
Essa geração - nascidos entre 1980 e 2000 - chegou com a democracia e economia brasileiras no lugar e mais conectados à internet que nunca.
São inquetos, procuram informação fácil e imediata, preferem computadores a livros, preferem emails a cartas, digitam ao invés de escrever, vivem em redes de relacionamento. Não tem medo de seguir em frente e passar para a concorrência se o atual emprego não os agrada.
Quando reunidos no mesmo local de trabalho essas três gerações podem gerar conflitos pois os mais velhos não aceitam ser chefiados pelos mais novos, não admitindo que esses, da Geração Y, possam ter maior conhecimento do mundo globalizado que não conhecem. Assim como os mais novos não querem apenas obedecer ordem e sim participar das decisões da empresa, opinar, discutir.
Para se entenderem, essas gerações precisam apenas se ouvir, discutir sem preconceito e com muito respeito.
Afinal, “idade não é documento”.
Por Monica Souza
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