Uma geração a cada década faz aumentar as diferenças nas relações sociais

Por José Carlos Goes

A ida do homem à lua foi testemunhada
 pela geração Baby Boomer

Nos últimos cinquenta anos, conforme pesquisadores o espaço entre uma geração e outra diminuiu de 25 para 10 anos. Isso porque os eventos mundiais, que marcaram cada geração também se tornaram mais constantes. E aí, fica complica descobrir o que se passa na cabeça de cada uma delas.

A geração, "Baby Boomer", que é aquela caracterizada pelos filhos dos soldados que voltaram da II Guerra Mundial que assistiu o homem pisar na lua e viu a morte de John Kenedy, vivenciou a revolução sexual e a busca da liberdade.



No Brasil, essa geração viveu a opressão da ditadura militar. Como experiência própria, vivi parte desta geração. Ser jovem nesta época era contestar o regime e sonhar com um mundo melhor.

Depois dela veio a Geração Y, que vivenciou a era Collor, pintou a cara, foi às ruas pelo Impeachment do presidente, mas a partir daí encontrou uma democracia já consolidada.

E agora temos a Geração Jones. Ela não tem pelo que lutar. Por isso está concentrada na tecnologia, na velocidade do teclado e do mouse. Cria seus próprios códigos e sua própria linguagem.

São gerações atuando em diferentes níveis, numa aldeia global que ficou minúscula com a revolução da Internet.

Para transitar entre tantas diferenças e linguagens, nós profissionais do jornalismo tanto da geração Baby Boomer como da Jones, temos que ter duas coisas: humildade e sensibilidade para alcançarmos a compreensão. Assim, poderemos exercer esta nobre profissão num mundo de tantas diferenças, incrementadas pela redução de espaço entre as gerações.

Assista agora um video sobre a chegada do homem à lua, testemunhada pela geração Baby Boomer, que não entendia de tecnologia. Ela acreditou no feito histórico da humanidade. As gerações de hoje, como a Y e a Jones, que entendem tudo de tecnologia, duvidam que o homem tenha ido à lua.