Artigo
O Brasil vive hoje numa democracia, e o instrumento mais importante dela é o voto, mas infelizmente não sabemos usá-lo corretamente. Eleições vêm e vão, e o que vemos são as mesmas pessoas algumas vezes ocupando cargos diferentes, mas sempre os mesmos. Mais do mesmo. E quando fazemos uma avaliação do que fizeram pela sociedade, percebemos que foi muito pouco, ou quase nada.
O voto é uma escritura pública que o cidadão confia ao candidato. E o que ganhamos de retribuição a essa confiança? Dinheiro na cueca, na meia, mensalão, verbas enviadas para obras que nunca existiram, entre outros escândalos. Enfim, várias coisas que fazem o cidadão desacreditar na política e votar no primeiro que aparece, como se votar fosse um mosquito que fica zunindo nos nossos ouvidos e que precisamos esmagar logo, para não incomodar mais.
Nos programas eleitorais, o país contado por eles parece ser perfeito, e caso eles sejam eleitos, farão melhor ainda. Mas a realidade é bem diferente da mostrada no horário eleitoral gratuito. Escolas estão sucateadas, professores ganham misérias, pessoas morrem aguardando atendimento em hospitais, as drogas tomam conta da vida dos jovens, as favelas aumentam a cada dia, enfim, vários problemas que os governos insistem em esconder do mundo, mas que os brasileiros convivem todos os dias.
Enquanto o brasileiro continuar a tratar política como algo distante, que não mereça atenção, os maus políticos continuarão a se embrenhar nos governos e fazer o que bem entendem. Se fizermos uma escolha errada no dia 3 de outubro, isso se refletirá no futuro. Podemos não perceber isso de imediato, mas o Brasil com a cara que temos hoje é fruto de nossas escolhas. E se continuarmos a escolher errado, nada irá mudar. Gostando ou não, somos coniventes com a corrupção que impera o país, pois quando temos chance de mudar, nada fazemos. Cabe a nós, eleitores, virar a mesa e mudar o jogo, e o que precisamos fazer é dar mais atenção a esse assunto tão importante: a política. E deixar de lado a politicagem.
Por João Paulo Souza
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