quarta-feira, setembro 23, 2015

Jovens da geração Y e seu mundo pró-ativo

Por Aline Christina Brehmer

Trabalho, escola, vida social e amorosa. O decorrer do dia a dia possui uma sequência correta para a grande maioria das pessoas que acordam, trabalham, estudam e retornam para sua residência. Entretanto, no decorrer dos anos é possível ver o quanto essa rotina já mudou – especialmente para os jovens, uma geração agitada e apressada, que quer fazer e deixar tudo pronto o quanto antes o que, muitas vezes causa conflitos, especialmente familiares.

É comum ouvir pais ou avós dizerem que “Quando eu tinha a sua idade não era assim”. Geralmente as palavras saem com a missão de repreender. Ou porquê você acorda muito tarde ou quando acham que falta responsabilidade. Exemplo prático para citar é aquele costume diário de trabalhar ouvindo música e/ou vendo televisão o que, para seu pai, não é aceitável pois você não consegue fazer bem nenhuma das coisas, quando na realidade você consegue se concentrar em duas ou mais coisas ao mesmo tempo conseguindo absorver o máximo de informações possível e, ainda, realizando um trabalho de qualidade.

Relacionamentos também se tornaram uma grande dificuldade quando envolvem os pais. “Acho que esse namoro está indo muito rápido”, “Como assim, ele vai dormir aqui hoje?”, são frases que a grande maioria dos jovens – em especial garotas – ouvirem ou ouvem em sua casa. A maneira de planejar a vida – sozinho ou com alguém – também mudou muito e a falta do tradicional desejo de se casar e ter filhos cria verdadeiras guerras familiares.

É um dos confrontos mais comuns entre as gerações X e Y, sendo que a segunda geração é aquela que quer trabalhar para guardar dinheiro e fazer viagens e aproveitar a vida. Muitas vezes, sozinho, o que faz com que a preocupada geração X ache que algo está errado, afinal, "como assim meu filho não quer casar?" É algo difícil de ser explicado para pessoas que tem uma visão tão tradicional, ainda mais quando nós, os ‘jovens’, não exercemos muito o exercício da paciência. Não dá para deixar de lado o mundo da moda, que muda a cada geração – ultimamente a cada estação – e nem sempre é bem visto ou aceito por pessoas mais velhas. Mais uma vez, é preciso que haja entre uma geração e outra a habilidade de conversar e saber lidar – e aceitar – as diferenças.

Entretanto, como futura jornalista, não posso deixar de citar as grandes diferenças que sinto em meu ramo de trabalho. Trabalho com profissionais desde os 20 até os 60 anos por isso, é comum que haja algumas diferenças. Quem é recém-formado ou está com a um passo de concluir o curso não sai como um jornalista apenas funcional, mais sim multifunções. Um jornalista é hoje visto como radialista, repórter, cinegrafista e diagramador – e jamais pode deixar de ter qualidades como pró-ativismo, dinamismo, eficiência e criatividade, que serão as principais características para se destacar no mercado.

Para quem está na área e gosta do que faz, exercer tantas habilidades se torna prazeroso. O verdadeiro desafio está em saber lidar com os temidos chefes de redação, pessoas formadas e incrivelmente competentes, mas difíceis de lidar quando se trata de exercer a profissão. “Sou jornalista e radialista para gravar áudio com os entrevistados e postar no site do jornal”, é algo que já ouvi – e muito. O problema surge quando você de oferece para fazer o que os demais acham ‘não ser trabalho deles’ e, inevitavelmente, acabam pensando que os ainda focas querem tomar seu lugar dentro da redação, quando, na verdade, ser eficiente é apenas parte da sua obrigação como jornalista. Uma vantagem em questões assim é o espaço que a grande maioria das empresas deixa aberto para que seus funcionários possam conversar e tirar dúvidas. Mas a influência que os profissionais de longa data exercem sempre se sobrepõem à sua, por isso, optar por manter um relacionamento estável – ainda que seja tarefa difícil – é a melhor saída.

Lidar com pais, chefes, tios e – principalmente – avós não é uma tarefa fácil. Muitas vezes você é repreendido e não tem como revidar, o que só iria piorar a situação. Essa situação exige nada menos do que uma gestão, tanto para o relacionamento quanto para a vida. É tarefa da geração Y trazer para a vida da geração BB e X novas ideias, estratégias, pontos de vista e até mesmo maneiras de viver e aproveitar a vida. Mas, como dizem nossos pais, não é tarefa fácil e nada acontece da noite para o dia, e por mais que a gente tente não adianta ir por meio de comparações na hora de convencer, afinal, “não é porque eles fazem que você vai fazer também”.

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